Entrevista exclusiva

Zema concorda com nota 6 de Tadeuzinho: ‘Temos 60% de aprovação’

Em entrevista à FM O TEMPO 91.7, governador ainda lembra que, quando foi reeleito, teve 56% dos votos válidos

Por O TEMPO
Publicado em 22 de dezembro de 2023 | 10:16
 
 
 
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O governador Romeu Zema (Novo) considerou justa a nota dada pelo presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Martins Leite (MDB), o Tadeuzinho, ao governo. O presidente da ALMG deu nota seis, em uma escala de zero a dez, ao governo Zema em entrevista ao Café com Política, da FM O TEMPO 91.7, nessa quinta-feira (21/12).

Também ao Café com Política, mas nesta sexta (22/12), Zema lembrou que a aprovação do governo junto à população é de cerca de 60%. “Nota seis e 60% faz sentido. Fui reeleito com 56% (dos votos válidos), então acho que está tudo muito próximo, dentro deste contexto”, acrescentou o governador, que, quando questionado qual daria a Tadeuzinho, disse não gostar de dar nota.

Zema, que enfrentou dificuldades ao lidar com o antecessor de Tadeuzinho, o ex-deputado estadual Agostinho Patrus, elogiou o atual presidente da ALMG. “Vejo que o desempenho da ALMG nas mãos dele melhorou e já escutei de deputados, que também estão satisfeitos com as mudanças que ele trouxe. Então, na minha opinião, Minas, a ALMG e o governo ganharam muito com a presidência do Tadeuzinho”, avaliou.  

O governador aproveitou para voltar a alfinetar Agostinho, que, hoje, é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. “Eu tive a oportunidade de estar com ele (Tadeuzinho) neste ano de 2023 mais do que (estive) em quatro anos com o ex-presidente da ALMG. Então, isso demonstra claramente que hoje nós temos mais diálogo, nós temos mais interlocução e proximidade com a ALMG”, completou Zema.   

Agostinho foi procurado, mas, até o momento, não retornou o contato da reportagem. Tão logo o ex-presidente da ALMG se manifeste, o posicionamento será acrescentado na reportagem.

Zema ainda minimizou dificuldades de relacionamento entre o governo e a base na ALMG. “Base é algo sempre muito volúvel”, pontuou o governador, que citou o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como exemplo. “Apesar de todo o poder que tem, de todas as emendas que tem e pode passar para os deputados… e, em Minas, por sermos um Estado ainda em uma, vamos dizer, situação quase falimentar, a nossa margem de manobra é extremamente pequena ou nula”, observou.   

Apesar de já ter calculado ter 57 dos 77 deputados da ALMG, Zema enfrentou dificuldades para aprovar propostas caras ao governo, como, por exemplo, o aumento em dois pontos percentuais de ICMS sobre bens considerados supérfluos, cuja diferença foi de apenas quatro votos. O atraso em cumprir acordos como o pagamento de emendas extras e a indicação de cargos em superintendências, gerências e coordenadorias tem desgastado a relação com os deputados.

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