No início da semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre os riscos do uso do formol como alisante para cabelos. O órgão voltou a afirmar que usar a substância para este fim é proibido no Brasil e pode causar danos à saúde. O comunicado gerou repercussão e deixou muitos consumidores em alerta, já que a escova progressiva está entre os procedimentos mais populares nos salões de beleza de todo o país.
A prática de alisar os cabelos não é proibida no Brasil, mas é necessário que os produtos sigam uma série de regras recomendadas pela Anvisa para que sejam regularizados. Quanto ao consumidor, também é possível que o cliente faça uma checagem nos rótulos para averiguar se o produto que está usando cumpre as regras de segurança da agência.
Veja abaixo as recomendações:
O primeiro passo para fazer o uso correto desses produtos é verificar se o alisante está registrado na Anvisa. Tanto os donos de salões de beleza, quanto os clientes podem fazer isso. É obrigação do consumidor final questionar os cabeleireiros sobre detalhes do produto que será aplicado nos fios antes de fazer o procedimento. O ideal é pedir para ver a embalagem e conferir os rótulos.
Neste link, disponível no site da Anvisa, é possível verificar todos os alisantes que estão corretamente registrados no Brasil. A agência alerta que “Alisantes sem registro estão em situação irregular e podem causar danos à córnea, queimaduras graves no couro cabeludo, quebra dos fios e queda dos cabelos”.
Para realizar essa consulta, é aconselhado estar com a embalagem do produto em mãos e informar o nome do alisante ou o número da Anvisa. Também é possível realizar a pesquisa pelo nome ou CNPJ da empresa detentora do registro..
Dica: Para realizar a pesquisa pelo Nº Anvisa, digite conforme o seguinte modelo: “25351.XXXXXX/20XX-XX”.
O número do processo é obrigatório na rotulagem de produtos cosméticos.
Outra recomendação da agência é que existe uma diferença entre produto registrado pela Anvisa e produto notificado. “Muitas empresas notificam produtos alisantes de forma irregular apenas para aparentar que seu produto está regularizado na Anvisa. Entretanto, alisantes devem ser registrados e não notificados. Portanto, utilize apenas os produtos que constam na lista divulgada”, afirma o órgão.
O rótulo dos produtos:
As embalagens dos alisantes regulares devem conter rótulos com as seguintes explicações:
- A frase "ATIVO(S):______" (nome do(s) ativo(s) utilizando a Nomenclatura Internacional de Ingredientes Cosméticos - INCI) em negrito e em caixa alta.
- As frases de advertência como as recomendações abaixo:
a) "Não aplicar se o couro cabeludo estiver irritado ou lesionado.".
b) "Manter fora do alcance das crianças.".
c) "Este preparado somente deve ser usado para o fim a que se destina, sendo perigoso para qualquer outro uso.".
d) "Evitar o contato com os olhos, mucosa nasal, couro cabeludo e outras regiões da pele. Caso ocorra, lavar imediatamente com água em abundância e, se necessário, procurar um médico.".
e) "Não utilizar nos cílios e sobrancelhas.".
f) "Não aplicar caso tenha tido alguma reação alérgica a esse tipo de produto.".
g) "Realizar o teste de mecha antes do uso do produto.".
h) "Usar luvas adequadas.".
Quais alisantes são permitidos?
Com a proibição do formol para alisar os cabelos, veja abaixo a lista de ingredientes ativos que são permitidos em alisantes:
- Ácido tioglicólico e seus sais
- Ésteres do ácido tioglicólico
- Hidróxido de sódio ou potássio
- Hidróxido de lítio
- Hidróxido de guanidina (formado pela combinação de
- Hidróxido de cálcio e um sal de guanidina)
- Sulfitos e bissulfitos inorgânicos
- Pirogalol