A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização, distribuição e uso de dois lotes da toxina botulínica Dysport 500U identificados como falsificados. A decisão foi publicada nessa quinta-feira (31/7) e afeta dois lotes que deverão ser apreendidos em todo o território nacional. A fabricante oficial do medicamento, Beaufour Ipsen Farmacêutica, informou que não reconhece a produção desses itens.

A resolução da Anvisa estabelece a proibição imediata após a empresa detentora do registro comunicar formalmente que não fabricou os produtos em questão. Como a origem real desses lotes é desconhecida, eles podem representar riscos à saúde dos consumidores. Os lotes são: H06055 e T02355.

A medida impacta diretamente pacientes que possam ter adquirido produtos dos lotes falsificados e profissionais de saúde que eventualmente tenham aplicado a toxina botulínica dessas unidades específicas. A fabricante legítima do Dysport também é afetada pela falsificação.

Esta não é a primeira vez que a Anvisa identifica falsificações desse medicamento. A agência já havia suspendido outros lotes da mesma marca anteriormente por indícios semelhantes.

Até o momento, não foram divulgadas informações sobre a quantidade de unidades falsificadas em circulação nem sobre possíveis danos causados a pacientes que possam ter utilizado esses produtos. Também não há detalhes sobre como os itens falsificados entraram no mercado brasileiro.

A Anvisa orienta que pacientes e profissionais de saúde verifiquem cuidadosamente a identificação dos lotes de Dysport e reportem imediatamente qualquer suspeita. As denúncias podem ser feitas à própria Anvisa, às vigilâncias sanitárias locais ou às autoridades policiais através dos canais oficiais.

"A falsificação de medicamentos é um crime grave contra a saúde pública", afirma a resolução publicada pela agência. A Anvisa também alerta que produtos de origem não verificada representam riscos e devem ser evitados pelos consumidores e profissionais de saúde.