Uma professora, de 39 anos, descobriu um tumor cerebral após conviver com enxaquecas por mais de duas décadas. A descoberta ocorreu em abril, depois que um exame de imagem revelou que ela tinha um meningioma de grau 1, um tumor benigno que se origina nas membranas que protegem o cérebro e a medula espinhal. 

As dores de cabeça começaram quando Nikita Serling tinha apenas 18 anos, mas permaneceram ocasionais por muito tempo. A situação se agravou em outubro de 2024, quando as crises se tornaram mais intensas e frequentes, acompanhadas de uma pressão constante na cabeça.

Nos momentos mais críticos, a professora chegou a enfrentar mais de 20 episódios dolorosos por dia, cada um durando até dez minutos. Apesar de consultar seu clínico geral diversas vezes e até ser levada ao pronto-socorro pelo marido durante uma crise severa, ela não recebeu encaminhamento para investigação detalhada.

O diagnóstico da doença só veio quando Nikita decidiu realizar uma ressonância magnética particular, que custou aproximadamente R$ 2,5 mil. Após realizar o exame por conta própria, a professora recebeu uma ligação pedindo que fosse imediatamente ao hospital, pois os resultados mostravam uma grande massa cerebral. No dia 7 de abril, ela se reuniu com um especialista que confirmou a necessidade de remover o tumor devido ao risco de complicações neurológicas graves.

"Fiquei apavorada. Meus piores medos e preocupações se confirmaram. Eu tinha um tumor cerebral e não sabíamos que tipo era. Nunca senti tanto medo", relatou a professora em texto publicado na plataforma Given Gain, onde participa de campanha para arrecadar fundos para a instituição de caridade britânica Brain Tumour Charity.

A cirurgia foi marcada para 22 de abril, coincidindo com o dia do aniversário de 40 anos de Dean, marido de Nikita. Segundo avaliação médica, o tumor provavelmente estava presente há aproximadamente 15 anos.

O procedimento foi bem-sucedido, permitindo que a paciente retornasse para casa apenas dois dias depois. Atualmente, ela segue em recuperação, enfrentando fadiga física e cognitiva, mas com dores de cabeça menos frequentes e intensas. "Meu risco de ter outro tumor é muito baixo. Saber que ficaria bem foi um dos maiores presentes que recebi", disse Nikita após a confirmação de que o tumor era benigno.

A professora também afirma que se sente grata por ter conseguido pagar pelo exame que permitiu seu diagnóstico, reconhecendo o privilégio e lamentando que muitas pessoas não tenham acesso a exames essenciais para identificar doenças graves.