Burn on: conheça os sintomas da nova síndrome de exaustão crônica

A síndrome de  “Burn On” é conhecida como síndrome crônica e acontece quando uma pessoa vive esse estresse constantemente sem aquele momento de colapso, como acontece em crises de burnout, uma exaustão extrema relacionada ao trabalho. A condição foi descrita pela primeira vez pelos alemães Timo Schiele, psiquiatra, e Dr. Bert te Wildt, psicoterapeuta, autores de um livro sobre o assunto.

De acordo com Bert te Wild ao portal South China Morning Post, de Hong Kong, a síndrome de “Burn On” pode ser classificado como uma “depressão mascarada”.

“Achamos que seria construtivo descrever a exaustão depressiva crônica e colocá-la em um termo diferente para categorizar os pacientes com mais precisão”, disse te Wildt sobre a diferenciação do termo Burnout.

Enquanto os pacientes com burnout precisam tirar licença médica do trabalho, quem tem “burn on” não tem esse momento de pausa para recuperar. “Os pacientes estão sempre à beira de um colapso, mas seguem em frente e cultivam, por trás de um sorriso, um tipo diferente de exaustão e depressão”, explicou Wilt.

Conforme o psicoterapeuta, além das comorbidades psicológicas como depressão, ansiedade ou vícios, pacientes que possuem esse tipo de síndrome também podem sofrer cada vez mais fenômenos psicossomáticos, como pressão alta, e suas possíveis consequências", diz Schiele.

Veja outros sintomas do “Burn On”:

• pressão alta;
• Dores no pescoço;
• Dores nas costas;
• Dores na cabeça, 
• bruxismo;
• e perda da esperança.

Conforme os especialistas, para conseguir escapar dessa vida corrida e tensão crônica constante, é necessário, primeiramente, reconhecer o problema.

"O primeiro passo no tratamento, como costuma ser o caso, é se tornar consciente do problema. As pessoas com síndrome de burn on com frequência aparentam estar funcionais, motivo pelo qual costumamos nos basear em relatos de familiares ou pessoas próximas. É também importante refletirmos sobre nossos próprios valores pessoais", explicou o autor ao jornal alemão Deutsche Welle.

A recomendação é buscar ajuda médica e diminuir o ritmo, com técnicas e atividades de relaxamento.