O meio-campista Moisés, do América, concedeu nesta sexta-feira (22) sua última entrevista coletiva enquanto jogador profissional. O Profeta decidiu se aposentar oficialmente neste domingo (24), às 18h30, no Independência, onde o Coelho recebe o Brusque, pela última rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.

Na entrevista, o jogador revelou que sonhava em pendurar as chuteiras em uma ocasião especial. O jogador desejava se despedir dos gramados num jogo entre América e Palmeiras, na casa do time paulista, dada a identificação que tem com os dois clubes.

Para isso, o América deveria conseguir o acesso à Série A 2025, o que não aconteceu. Para além do objetivo coletivo não atingido, Moisés revelou que sua condição física forçou sua aposentadoria.

“Há pelo menos dois anos eu venho pensando em encerrar minha carreira, e o meu desejo era de ser no América. Esse desejo vinha acompanhado de um sonho, de retornar com o América para a Série A. Voltei ao clube com uma expectativa muito grande de fazer isso acontecer, de contribuir para isso. Mas, o futebol, a carreira, a vida de um atleta não é feita só de vitórias. Tem momentos que você precisa aceitar certas coisas”, ponderou Moisés.

“O ideal era subir e fazer meu jogo de despedida contra o Palmeiras, no Allianz, porque são duas camisas que marcaram a minha vida e a da minha família. Se a gente tivesse conquistado esse acesso, estenderia um pouco mais essa aposentadoria. Mas, a questão física me atrapalhou durante esse ano. Não achei que fosse ter tantas dores. Em meados de julho, agosto, descobri uma hérnia nas minhas costas, e eu sofri muito. Cheguei a pensar em antecipar essa aposentadoria”, completou.

Por fim, Moisés disse que não queria externar o quanto estava sofrendo com os problemas físicos, dada a proximidade do fim da carreira. Apesar de não conseguir se despedir dos gramados da forma como planejou, Moisés frisou a gratidão pelo clube que possibilitou a ele ganhar a vida com o futebol.

“Gostaria de agradecer ao América, por tudo que fez na minha vida. Agora é a hora em que se passa um filme na cabeça, sobre tudo que passei, desde o começo. Agradeço ao América, porque foi ele que abriu as portas para mim”, finalizou.