Se por um lado a missão esportiva na final do Campeonato Mineiro desmotiva o América, já que precisa reverter um 4 a 0 favorável ao Atlético, por outro o Coelho se anima com a possibilidade de lucrar - e muito - com o jogo de volta da decisão. O TEMPO Sports apresenta a seguir um cálculo que projeta para o clube uma arrecadação cerca de 50 vezes maior na finalíssima do que em toda a competição neste ano.
Nessa segunda-feira (10), depois de o Mineirão ser confirmado como palco do jogo de volta, em que o mandante é o América, o superintendente geral do Coelho, Dower Araújo, informou à reportagem de O TEMPO Sports que vai praticar um preço “pareado” ao que vem praticando o Atlético nesta temporada.
Nesse sentido, para projetar uma arrecadação do América no jogo de volta da final, O TEMPO Sports adotou o borderô da partida de ida. Isso porque a partida também foi disputada no Gigante da Pampulha, tem o mesmo peso esportivo e há de ter um público também pareado.
Na ida da final do Estadual, 47 mil pessoas estiveram presentes. A renda líquida obtida pelo Atlético, que resulta da arrecadação total com a subtração de todos os custos operacionais do jogo, foi de R$ 2.874.490,35.
Pelo lado do América, a equipe fez cinco partidas como mandante neste Campeonato Mineiro, sendo quatro jogos válidos pela fase de grupos (contra Pouso Alegre, Villa Nova, Cruzeiro e Aymorés) e outro pela semifinal (contra o Cruzeiro).
Somente no clássico diante do Cruzeiro, válido pela fase de grupos, foi que o América obteve lucro com bilheteria, de R$ 127.221,54. Nos outros quatros jogos, o prejuízo acumulado pelo Coelhofoi de R$ 183.667,41.
Assim, no total, o América teve um déficit de R$ 56.445,87 com bilheteria no Campeonato Mineiro. Desta forma, se o lucro da partida de volta for mesmo na casa dos R$ 2,9 milhões, o América não só sairá do déficit como arrecadará um valor cerca de 51 vezes maior.
Mineirão é ideia ‘antiga’ da diretoria
Antes mesmo de chegar às fases decisivas do Estadual, vale lembrar que o América cogitou mandar os clássicos no Gigante da Pampulha, visando justamente à arrecadação com bilheteria. Porém, nos dois clássicos em que foi mandante, ambos contra o Cruzeiro, o Coelho optou por jogar no Independência, privilegiando a parte esportiva.