Os conselheiros do América Carlos Vogas e Jairo Viana, que integram a Chapa Renovação da Arquibancada, derrotada nas últimas eleições para o Conselho Deliberativo do clube, divulgaram nesta quinta-feira (10) uma carta manifestando sua insatisfação com o atual momento vivido. Time não vence há seis jogos e foi eliminado pelo Criciúma na Copa do Brasil.
Ambos expõem quais são os principais problemas, que contribuem para a fase. Veja, conforme palavras deles:
- Atraso na renovação de Lisca, com a perda de oportunidades no mercado de jogadores, em função de uma eleição do Conselho Administrativo de chapa única;
- Meses sem um diretor de futebol, para ser contratado um profissional contestado pela torcida;
- Venda de Messias, um dos principais jogadores, por um valor considerado baixo;
- "Idas e vindas" de Ademir, que estava sendo negociado com o Palmeiras e chegou a ser afastado de alguns jogos;
- Proposta de aproveitamento da base no Campeonato Mineiro, abortada logo nos primeiros jogos
- Resultados insatisfatórios nas categorias de base, "onde o principal resultado ruim é não produzir novos talentos";
- Aumento da dívida de R$ 67 milhões em 2017 para R$ 107 milhões em 2020.
Outro ponto abordado pelos conselheiros é a falta de reforços entre a última temporada e esta. "Nosso time titular que estreou na série A é nosso time da série B, sem Messias e Sávio. Das 11 contratações, poucos reforços de fato", escreveram.
"Derrotados nas urnas, nos dispusemos a ajudar. Mas se você conhece um conselheiro do América, não o culpe. Ele não é ouvido e sua voz só é solicitada quando da eleição ou aprovação de algo", disseram.
"Esta carta não quer botar fogo em uma situação já complicada. O América está acima de tudo, inclusive de sua própria política. Reiteramos que estamos dispostos a ajudar o clube nas horas boas e ruins. Mas é necessário deixar claro que os erros cometidos são cíclicos no América. Provavelmente porque seus dirigentes também são", completaram.
Através de sua assessoria de imprensa, o América informou que não vai comentar o caso, já que os torcedores são livres para se manifestarem.