Os brasileiros invadiram Buenos Aires nos últimos dias e começam, também, a trazer suas cores e sons no estádio Monumental de Nuñez antes da final da Copa Libertadores entre Atlético e Botafogo. Faltando cerca de duas horas para a bola rolar, o tradicional palco argentino ganha contornos brasileiros, com música e cantos que ouvimos nos estádios brazucas.
Não faltou axé e muito menos samba. Teve Zeca Pagodinho e, acredite, Carrapicho, com seu "Tic Tic Tac", do refrão "e bate forte o tambor", entre muitas outras músicas, o que fez alguns gringos batucarem e vários brasileiros cantarem junto.
Mas o que mais mexeu mesmo com os dois lados das torcidas alvinegras foram os cânticos que são entoados nos estádios brasileiros. Desde o "Vamos, Galo, ganhar a Libertadores", obviamente vaiado pelo lado botafoguense, até as manifestações dos torcedores cariocas, que festejaram até o momento em que um balão com o escudo do Botafogo foi para os céus de Buenos Aires - e vaiado pelos atleticanos. Donizete Pantera e Loco Abreu, ídolos históricos botafoguenses e que participaram de transmissões dos detentores dos direitos de transmissão, foram ovacionados quando vistos pela torcida.
As provocações de lado a lado estão nos gritos e o que se vê, de forma geral, é muita cordialidade entre os dois lados, um reflexo do que foi visto nas ruas de Buenos Aires nos últimos dias. Na capital argentina, quando se encontraram, atleticanos e botafoguenses se trataram com muito respeito e educação.