O diretor de futebol do Atlético, Victor Bagy, afirmou na noite desta quarta-feira (4/12) que a saída do técnico Gabriel Milito foi um comum acordo entre o clube o treinador. Ele deixou o Galo após a derrota por 2 a 0 para o Vasco, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro.
"Conversamos que o cansaço mental aliado aos resultados nos fizeram chegar ao consenso, tanto da parte dele quanto do clube, de que não continuaríamos o trabalho. É com muita dor no coração porque o Milito é um treinador muito envolvido, organizado, com bons conceitos e, acima de tudo, com muito bom caráter. O melhor que já trabalhei. A gente sabe que no futebol quando as coisas não caminham podem ser necessárias mudanças de rota. Tanto ele quanto a instituição entenderam que não seria mais possível dar sequência ao trabalho dele", justificou Victor.
Ainda de acordo com o diretor do Atlético, após a perda do título da Libertadores para o Botafogo, ele combinou com o treinador que o futuro seria avaliado após o término da temporada, mas o peso de 12 jogos sem vitória influenciou na decisão.
"Na verdade, a sequência de resultados teve um peso. Conversamos depois do jogo em Buenos Aires para seguirmos essa semana e avaliarmos no final da temporada. Mas, infelizmente, com a derrota de hoje... como falei, o Milito se entrega muito, é muito intenso e se esgota muito quando as coisas não caminham. No entendimento dele e na percepção nossa isso poderia gerar uma barreira para impedir o trabalho dele e extrair o melhor dos jogadores que temos", avaliou o diretor atleticano.
Pressão
Milito não resistiu à sequência de doze jogos sem vitórias, com oito derrotas e quatro empates. Neste período, o Galo perdeu as finais da Copa do Brasil e da Libertadores. No torneio nacional, a equipe alvinegra foi superada nos dois jogos da decisão para o Flamengo (3 a 1 e 1 a 0). Já na Libertadores, o Atlético foi superado para o Botafogo, por 3 a 1.
Gabriel Milito chegou ao Atlético em março de 2024, às vésperas das finais do Campeonato Mineiro de 2024. Ele assumiu o cargo que era ocupado por Luiz Felipe Scolari. Com o Galo, ele foi campeão estadual ao superar o rival, Cruzeiro, na decisão. O argentino se despede do Galo com 47% de aproveitamento. Em 62 jogos, foram 23 vitórias, 20 empates e 19 derrotas.