O Atlético realizou uma coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (11/7), na Arena MRV, para abordar as principais questões relacionadas ao clube. Em conversa com os jornalistas, o CEO do Atlético e da Arena MRV, Bruno Muzzi, e o diretor de futebol, Victor Bagy, falaram sobre o atual cenário da SAF, finanças, investimentos, reforços e sobre questões relacionadas à acústica do estádio.
Veja abaixo os principais trechos da coletiva do Atlético com o CEO do Atlético e da Arena MRV, Bruno Muzzi, e o diretor de futebol Victor Bagy, desta quinta-feira:
Relacionamento com 4Rs
Inicialmente, Bruno Muzzi foi questionado sobre os 4R’s e informou que não há nenhum impedimento sobre a aparição deles em público. Além disso, o CEO do Atlético também falou sobre os investimentos da equipe.
Segundo Muzzi, desde o início da gestão dos 4R’s até o atual momento de 2024, foram investidos cerca de 763 milhões investidos.
“Muito se diz em tamanho de elenco, mas tínhamos a mesma quantidade de atletas nos últimos anos. São dados. Em 2021, tínhamos 33 atletas. Hoje, em 2024, são 34 jogadores. É a realidade do Atlético hoje, não teremos grandes volumes de contratações. São pontuais, assertivas, de perfil jovem, que vão agregar sem dúvida na qualidade do elenco”, destacou Bruno Muzzi.
Acústica da Arena MRV
O problema da acústica da Arena MRV também foi abordado pelos dirigentes do Atlético. Segundo o CEO Bruno Muzzi, o Galo desenvolve ações para mitigar o problema da acústica na Arena MRV:
“Quero dizer que a responsabilidade está no meu colo, é minha. Eu estava aqui desde o primeiro momento na obra da Arena MRV. Naquele momento, tínhamos duas opções quando surgiu o licenciamento: atendê-lo ou não levar a obra adiante. Atendemos a questão do Licenciamento. De fato, existe um problema. Isso é sabido e não vamos fugir disso. A Arena MRV tem uma cobertura feita para absorver 95 decibéis internamente, e ela não tem pegado fogo”.
“É um acúmulo de situações e vou caracterizar em três pontos: uniformidade de canto das torcidas, estamos tentando fazer a coordenação desse canto, tem a questão da coordenação do canto e da cobertura. O que faremos? Trabalhamos para unificar as torcidas para um setor único, para que aquele canto seja mais potente”.
Reforços e a chegada de Fausto Vera
Sobre carências no elenco, o ex-goleiro Victor Bagy, atual gerente de Futebol do Galo indicou que um dos pedidos do técnico Gabriel Milito foi a contratação de um zagueiro canhoto. Pedido atendido com a contratação de Junior Alonso.
“Quando nós apresentamos o projeto e o elenco, na nossa visita a Buenos Aires, ele se mostrou muito satisfeito e impressionado com a qualidade do elenco. A única observação que ele colocou na reunião foi a contratação de um zagueiro canhoto e hoje o Alonso foi inscrito no BID”, declarou Victor.
Além das contratações de Alonso, Lyanco e Bernard, o clube está em busca de nomes que reforcem a equipe “qualitativamente” e o nome Fausto Vera, do Corinthians, deve ser formalizado em breve, conforme Victor.
“É uma negociação complexa, que envolve três clubes. Temos avançado na conclusão da operação. Em breve, teremos boas notícias”, afirmou o diretor de futebol alvinegro.
Folha salarial
O CEO do Galo afirmou que o Atlético não vai fazer contratações “por atacado, que não é o perfil”. Ademais, mencionou que a folha salarial da equipe alvinegra em 2024 está na casa dos R$ 250 milhões. O valor estará relacionado a salários, direitos de imagem, encargos e provisões e premiação do elenco profissional.
Planejamento de Futebol
O diretor de futebol Victor Bagy abordou sobre o planejamento do futebol do Atlético, e esclareceu que o elenco foi bem pensado e montado. De acordo com o dirigente atleticano, o investimento feito pelo clube é alto e objetivo é qualificar e não inflar elenco.
Na 13ª colocação no Campeonato Brasileiro, o Atlético tem apenas quatro vitórias, seis empates e quatro derrotas e vem cobrando do clube novos reforços para a temporada. De acordo com o diretor de futebol do Galo, infortúnios impactam na disponibilidade de vários jogadores nos últimos jogos, devido a problemas com lesões e suspensões por cartões amarelos e vermelhos. Além de convocações para a Copa América.
“Há um estudo que as principais equipes do mundo tem em média 28 jogadores de linha no elenco. Essa é a base. Temos 32 jogadores, contando com os goleiros. Para cada posição, no mínimo dois jogadores. Isso é planejamento. O investimento é alto, e sempre busca qualificar, e não inchar o elenco. E sempre há riscos no caminho. Não vejo erro de planejamento. Quando tivemos problemas de desfalques, a janela estava fechada. Sabíamos dos riscos das convocações, mas nenhum clube no mundo consegue lidar com oito, nove, 10 e até um time inteiro de desfalques”, afirmou o diretor.
Futebol Feminino
Rebaixado para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino, o Atlético vem trabalhando na reestruturação das “Vingadoras”. Bruno Muzzi, CEO do clube, projeta mais investimentos no segmento.
“As medidas tomadas para a montagem do elenco não foram as melhores. Então, a gente precisou entrar no futebol feminino para reestruturar de fato. Sabíamos que iria acontecer o que aconteceu. Estamos utilizando o CIGA (Centro de Informação do Galo) para identificar atletas. A SAF acredita no futebol feminino. Daqui a dois três anos teremos um feminino estruturado”, indicou Muzzi.
Investimentos na base
No ano de 2023 a categoria de base do Atlético conquistou três títulos no sub-15 e um no sub-16. No entanto, a torcida tem cobrado investimento nas categorias superiores, principalmente, o sub-20 que passa por processos de transição para o elenco principal.
O diretor de futebol Victor Bagy mencionou que dos 31 atletas que o Atlético tem no elenco profissional, oito são crias da base. O dirigente alvinegro admitiu que a categoria de base possui carências. Entretanto, mencionou que investimentos estão sendo previstos para melhorar a estrutura.
“O Réver está atuando como coordenador de transição da base, justamente para melhorar os processos de formação, identificação de carências e potencialidades. Além de pontos onde precisamos melhorar, no sentido de estrutura, de processos e captação. É uma construção”, concluiu.
Além disso, diretores do Atlético explicam os valores da venda do Savinho e reconhecem erros na transação do atleta. O cria da base do Galo, foi vendido por cerca de 10% do valor de outro jovem recém-negociado pelo Palmeiras. Os dois são considerados jogadores geracionais, com potencial de brilharem pela seleção brasileira, inclusive com convocações já feitas.