O atacante Hulk revelou que os problemas com a arbitragem quase o levaram a sair do Atlético ao final de 2023. Durante uma partida contra o América, no Campeonato Brasileiro do ano passado, o jogador do Galo disse “Mais um mês aqui e vou embora”. Na época, a fala assustou os torcedores atleticanos.

"Eu cheguei para ele na boa e só falei 'professor, é para ser atendido? Pode chamar uma, duas, dez vezes'. Só que no jogo contra o São Paulo, lá, o mesmo árbitro deu 12 minutos [de acréscimo]. Doze! Doze! E só teve um lance lá, que foi o pênalti, e mesmo assim definiu muito rápido. Aqui, com o jogo todo parando ele dá seis minutos? Pô, é uma falta de respeito. Estou cansado! Do Brasil estou cansado! Mais um mês aqui e vou embora!", disparou o camisa 7, após a partida contra o América.

Nesta semana, em uma entrevista ao Globo Esporte, o jogador revelou que realmente tinha em mãos uma proposta de um clube da Arábia, e que quase aceitou. Ele optou por ficar no Atlético e próximo da família. “Na verdade eu pensei sim, trouxe até uma proposta para o Rodrigo Caetano. Ninguém sabe disso, não abri para ninguém. Tinha uma proposta da Arábia, mostrei para o Rodrigo e falei: "quero ir embora, estou cansado disso". O Rodrigo veio e aliviou meu coração. Ele disse: "a Camila está grávida, vai nascer sua filha". Resolvi ficar, falou daquele jeito e eu fui acalmando. É claro que a cabeça quente acabou impulsionando eu falar aquilo. Mas eu tinha proposta sim”, disse.

Hulk também falou sobre seu futuro. Com contrato com o Atlético até dezembro de 2026, o jogador ainda pensa em continuar jogando e, apesar da idade, não definiu o seu futuro. “Não sei, tenho residência nos Estados Unidos, mas hoje, minha residência oficial é na Paraíba, casa que eu e Camila desenhamos pensando no futuro morar lá. Não sei o que vai acontecer, tem questões de empresas, pós futebol, os filhos que vão crescendo e você quer estar perto deles, no desenvolvimento, nas decisões. Não sei onde eu vou morar. Já me perguntaram se eu queria jogar na MLS, eu não sei. Eu sei que tenho contrato aqui, não sei se vou cumprir e vou parar de jogar, não sei. O que eu sempre falo é que eu não quero sofrer. Chegar com 40 anos jogando e não estar conseguindo, aí não dá. É melhor aposentar e tomar conta das coisas”, explicou.