Palco de momentos marcantes para a torcida do Atlético, o Estádio Independência completa, nesta quarta-feira (25), 75 anos desde sua inauguração. No Horto, os atleticanos viveram grandes capítulos de sua história, principalmente na última década, deixando o estádio conhecido como a Casa do Galo durante a histórica conquista da Copa Libertadores de 2013.
Inaugurado para a disputa da Copa do Mundo de 1950, o “Indepa” ficou marcado, por anos, como uma segunda casa para o Atlético quando não havia a possibilidade de mandar seus jogos no Mineirão. A situação mudou a partir de 2010, com o Gigante da Pampulha sendo fechado para as reformas para a Copa do Mundo de 2014. Na época, o Independência também estava passando por obras e o Galo jogou por dois anos na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
A reabertura aconteceu em 2012 e, até 2019, o Independência foi a casa do Atlético, mesmo com o Mineirão já disponível. Esse período foi marcado por vitórias, conquistas de títulos históricos, invencibilidade e viradas que não saem da cabeça do torcedor que viveu esse período.
Antigo Independência
A construção do estádio começou em 1947, visando a Copa do Mundo de 1950, sediada no Brasil. A partida inaugural foi entre Iugoslávia e Suíça, vencida pelos iugoslavos por 3 a 0, em 25 de junho de 1950, durante a Copa.
O estádio foi arrendado ao América em 1989, em um contrato de 30 anos. Já em 2008, o Governo de Minas anunciou a reforma do Independência, reabrindo em 2012 e se tornando a Casa do Atlético nos anos seguintes.
Pós-reforma
O primeiro jogo do Atlético no estádio após a reforma foi a vitória por 2 a 1 contra o Góias, pela Copa do Brasil de 2012. 18.628 acompanharam a partida, que teve gols de Neto Berola e Mancini. Apesar do triunfo, o Atlético foi eliminado da competição, pois perdeu por 2 a 0 o jogo de ida.
A vitória contra o Goiás marcou o início da dinastia alvinegra no Independência. Em 2012, a força da torcida no estádio levou o clube ao vice-campeonato do Brasileirão daquele ano, com 14 vitórias e 5 empates como mandante.
Entre maio de 2012 e agosto de 2013 o Atlético acumulou 38 partidas seguidas sem perder no Horto. Foram 31 vitórias e 7 empates. Sequência que só acabou na derrota por 2 a 1 para o Athletico-PR, em 31 de julho de 2013. A partida aconteceu após a conquista da Libertadores e foi a última de Bernard antes de sua transferência para o Shakhtar (UCR).
A derrota para o Furacão culminou também no fim da maior invencibilidade como mandante da história do futebol brasileiro. Usando o Independência como grande trunfo, o Atlético acumulou 44 vitórias e 10 empates em 54 jogos entre setembro de 2011 e julho de 2013.
Libertadores de 2013
O Independência também foi a fortaleza alvinegra durante a conquista da Copa Libertadores de 2013. Apesar do estádio não ter sido palco da grande final, contra o Olímpia, foi lá que, no dia 30 de maio daquele ano, o então goleiro Victor defendeu o pênalti cobrado por Riascos aos 48 minutos do segundo tempo das quartas de final e encaminhou o Galo para as semifinais.
😇🧤 Há 12 anos, no dia 30 de maio de 2013, Victor defendeu a cobrança de pênalti de Riascos e foi canonizado pela Massa do Galo! #DiaDeSãoV1ctor, um momento inesquecível da nossa história 🖤🤍 pic.twitter.com/4FDFjyIp93
— Atlético (@Atletico) May 30, 2025
O Horto também foi o local da virada contra o Newells Old Boys, na semifinal da Libertadores. Após perder o jogo de ida por 2 a 0, o Atlético buscou o placar em casa, com gols de Bernard e Guilherme, e classificou para a final nos pênaltis. O duelo ficou marcado por uma queda de energia na etapa final, quando o Galo ainda precisava de um gol.
A limitação de público imposta pela Conmebol impossibilitou que o estádio fosse utilizado pelo Atlético na grande final. O Horto possui capacidade máxima para aproximadamente 22 mil pessoas e a entidade exigia que o local da decisão tivesse capacidade para, no mínimo, 45 mil torcedores.
Copa do Brasil de 2014
Na conquista da Copa do Brasil de 2014, o Atlético fez o inverso. A campanha foi construída com jogos no Mineirão, incluindo as incríveis viradas contra Corinthians e Flamengo, ambas de 0 a 2 para 4 a 1 depois de sair atrás do placar no segundo jogo, nas quartas e semifinais respectivamente, e a final no Independência.
Enfrentando o seu maior rival, o Cruzeiro, o Atlético levou a partida de ida para o Horto e, com gols de Luan e Dátolo, encaminhou o título, que foi confirmado após uma nova vitória por 1 a 0 no jogo de volta no Mineirão.
Últimos jogos do Atlético no Independência
Em 2025, o Atlético ainda não atuou no Independência. As partidas contra o América, por exemplo, aconteceram todas no Mineirão. Os últimos jogos do clube no estádio foram em novembro de 2024, quando o Galo estava punido de atuar na Arena MRV e levou dois jogos para o Horto, com portões fechados.
Os adversários foram Botafogo e Juventude, com resultados de 0 a 0 e 2 a 3, respectivamente. As partidas fizeram parte de uma sequência terrível de 12 partidas seguidas sem vencer do time atleticano.
Histórico geral do Atlético no Independência
- 722 jogos
- 434 vitórias
- 149 empates
- 139 derrotas
- 1397 gols marcados
- 723 gols sofridos
Histórico do Atlético no Independência pós-reforma (2012-)
- 266 jogos
- 172 vitórias
- 57 empates
- 37 derrotas
- 509 gols marcados
- 225 gols sofridos