Paulinho foi vítima mais uma vez de intolerância religiosa, por ser praticante do Candomblé, após marcar o primeiro gol da vitória do Atlético por 3 a 0 em cima do Flamengo, na quarta-feira (29), no Maracanã. O advogado especialista em direito desportivo, Gustavo Lopes, comentou sobre o caso.
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"No contexto virtual, a penalidade para quem comete o crime de intolerância religiosa pode variar. A legislação em muitos países, incluindo o Brasil, está em constante evolução para abranger crimes virtuais. O réu pode enfrentar processos civis, e em alguns casos, penas criminais, dependendo da gravidade do ocorrido", afirmou o advogado baseado no artigo 18 da Declaração Universal de Direitos Humanos.
Logo após o gol marcado pelo camisa 10, comentários preconceituosos foram publicados na internet atacando o jogador do Galo, “Imagina querer ser campeão e tomar gol do macumbeiro do Paulinho”, “macumbeiro. Tinha que quebrar o fêmur e nunca mais jogar”, foram algumas ofensas.
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Não é a primeira vez que o atacante do Galo precisa lidar com o preconceito. Mais recentemente, quando estava com a seleção brasileira, o jogador foi atacado nas redes sociais com ofensas contra a religião.
"No Brasil, algumas leis protegem a vítima contra a intolerância religiosa, como a Lei nº 7.716/1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, e a Lei nº 9.459/1997, que criminaliza a discriminação ou preconceito de religião. Além disso, a Constituição Federal assegura a liberdade de crença e culto", finalizou o advogado Gustavo Lopes.