O meia Nathan viveu, por duas vezes, a incerteza de sua continuidade no Galo. Contratado do Chelsea em julho do ano passado, o jogador chegou a negociar seu retorno para o Belenenses, de Portugal, no fim do ano - já tinha atuado pelo time português - e também não sabia se seu vínculo seria estendido por agora, quando seu empréstimo chegaria ao fim. Mostrando-se útil em campo, o Atlético fez um esforço e prorrogou seu contrato até o fim da temporada.
O meio-campista pode ser tratado como um coringa, já que jogou como primeiro volante com Levir Culpi e também mais avançado, como um segundo volante e mesmo um armador, como é sua origem. O gol marcado contra o Cruzeiro, no clássico do último domingo, o segundo da vitória atleticana por 2 a 0, veio como um alento aos esforços.
Já sob o comando de Rodrigo Santana, Nathan também passou por período em que ora ficava no banco, e ora nem aparecia na lista de relacionados. Quando ainda discutia sua renovação com o alvinegro, ficou sem treinar na Cidade do Galo, algo que aconteceu também na pré-temporada quando seu futuro em Minas estava incerto.
"Fiquei um pouco triste, mas tenho a cabeça boa. Agradeço à minha família, ao Atlético, que me deu todo apoio. O Rui (Costa) sempre conversava comigo. Falei para ele pra ficar tranquilo, que ia treinando à parte para manter a forma física. Graças a Deus, aconteceu (a renovação). Sou muito feliz aqui", destacou Nathan.
O meia tem 26 jogos pelo Atlético e três gols marcados. Em uma época de calendário apertado, quando o grupo de jogadores de uma equipe pode fazer a diferença, Nathan tira proveito da polivalência. Ele diz até que não tem preferência de posição para atuar.
"Para falar a verdade, não sei (onde prefiro jogar). Depende do jogo. Brinquei com o Rodrigo outro dia, que me colocou para treinar de lateral no treino. Lateral é osso (risos)! Nunca tinha treinado de lateral. Mas do meio para frente, me sinto a vontade de qualquer posição. Só de centroavante que não", ressaltou.