Antes da bola rolar para Atlético e São Paulo, pelo Brasileirão, neste domingo (10), um grupo de torcedoras do Galo visitou a nova estrutura de banheiros femininos do Mineirão no setor Amarelo Inferior. Os sanitários foram alvo de muitas reclamações de atleticanas em partidas anteriores, pelas condições de higiene e pelo descaso. 

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Com expectativa de mais de 50 mil torcedores neste domingo (10), o Gigante da Pampulha deve receber cerca de 3.500 são-paulinos, por isso, parte dos setores amarelo inferior e superior precisaram ser separados para recebê-los. Dessa forma, assim como aconteceu em jogos anteriores, o banheiro feminino no inferior será apenas químico. 

A medida foi necessária porque na divisão da torcida visitante e mandante no setor, o banheiro masculino ficou do lado do São Paulo e o feminino com o Galo. Dessa forma, colocaram o banheiro físico que era de mulheres para os homens, já que a expectativa é de que tenha mais homens do que mulheres no estádio. 

Só que, ao contrário do que aconteceu nas partidas em que as torcedoras reclamaram, dessa vez, mais banheiros químicos foram disponibilizados, o que pode melhorar a situação. A reportagem de O Tempo Sports acompanhou o “tour” feito com as torcedoras e constatou 10 banheiros químicos destinados ao público feminino. 

Nas partidas em que as atleticanas fizeram as reclamações, apenas cinco cabines estavam disponíveis. Desta vez, o estádio aumentou o número de banheiros para que os problemas não se repitam, como explicou Barbara de Faria, da equipe de comunicação do estádio.

“A gente tem um problema estrutural quando passamos de 1.500 torcedores visitantes e são apenas dois banheiros nessa área. A solução que encontramos foi manter o banheiro físico para o público masculino, que é o majoritário que recebemos hoje, é a realidade. Os banheiros químicos são uma medida provisória, sabendo que ainda não é o ideal. A ideia é trazer as torcedoras para mais perto para que esse ambiente fique pelo menos um pouco mais próximo do que elas merecem”, disse a representante. 

A medida ainda é longe da ideal, mas promete ajudar a melhorar a experiência das torcedoras que apenas querem acompanhar o time de coração de perto. A atleticana Aline Medeiros, membra da Grupa, coletivo de mulheres torcedoras do Galo, foi uma das convidadas pelo estádio para conhecerem a nova estrutura. Por enquanto, Aline aprova, mas acredita que melhorias ainda podem ser feitas. 

“Já melhorou muito. Os banheiros agora tem divisória, tem água para lavar a mão, mas a gente acredita que essa solução ainda não contempla de maneira definitiva e satisfatória todas as mulheres. Essa é só mais uma prova de que o ambiente do estádio não é preparado para a gente. Queremos que seja cada vez mais ocupado por mulheres. Deixamos algumas sugestões para que a gente encontre uma alternativa um pouco melhor”, disse à reportagem.