Rio de Janeiro

Flamengo vence o Ceará e adia título do Campeonato Brasileiro do Atlético

Rubro-negro precisava não fazer os três pontos para ter festa em Minas

Por Super.FC
Publicado em 30 de novembro de 2021 | 22:01
 
 
 
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Em um jogo emocionante na noite desta terça-feira (30), o Flamengo venceu o Ceará por 2 a 1 e adiou, em pelo menos dois dias, a confirmação do título de campeão brasileiro do Atlético. Partida foi válida pela 35ª rodada da Série A.

O time carioca abriu o placar logo aos 3 minutos, com Gabigol, após falha defensiva do Vozão. Quando a torcida do Galo já estava perdendo as esperanças, o Ceará empatou o jogo aos 39 minutos do segundo tempo com Rick – porém, oito minutos depois, após pressão, Matheusinho deixou o Urubu novamente à frente no placar.

Com este resultado, o Flamengo garantiu pelo menos a vice-liderança da competição.

Agora, para ser campeão, o Atlético precisa apenas vencer o Bahia na próxima quinta-feira (2), às 18h, na Arena Fonte Nova. Empate não é suficiente, visto que clube ainda poderia ser alcançado pelo Flamengo no número de vitórias.

O jogo

Com o tradicional "dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe ô, dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe ô, Mengão do meu coração" e muitos cartazes de apoio - "a dor da derrota é temporária, mas o orgulho de ser flamenguista é eterno", trazia um deles -, a torcida abraçou o time e optou por mais uma vez jogar junto. O espetáculo à parte de 47 mil vozes teve até "perdão" para Andreas Pereira, autor do erro que custou a derrota no Uruguai. O meia teve seu nome cantado em coro antes de uma cobrança de falta.

Lamentação na etapa inicial apenas com a lesão na coxa do goleiro Diego Alves, substituído ainda no começo por Hugo Souza. Léo Pereira também sairia no intervalo com o mesmo problema muscular.

Sem Renato Gaúcho, demitido após a decisão de Montevidéu, o Flamengo entrou em campo sob direção interina de Maurício Souza e cheio de desfalques. Os zagueiros Rodrigo Caio e David Luiz, os laterais Isla e Filipe Luís, além do volante Willian Arão não jogaram por precaução pelos problemas com as dores musculares. Arrascaeta ficou no banco pela falta de ritmo.

A cantoria gigante desde a entrada do time em campo se transformou logo em grito de gol. Com somente dois minutos, saída errada de Fabinho, Diego recuperou a bola e Gabriel Barbosa abriu o marcador. O artilheiro foi para os braços da torcida, com direito a selfie e grande prova que os flamenguistas não "abandonariam" o time após derrota na final da Copa Libertadores.

Mendoza até deu um susto ao bater na rede pelo lado de fora. O lance não tirou a empolgação rubro-negra, que fez enorme festa após bela trama ofensiva e gol de Bruno Henrique. O VAR, porém, impugnou o lance. Antes do intervalo, ainda deu tempo de Gabriel Barbosa ouvir o "uh" da galera duas vezes. Primeiro ao cabecear no travessão e depois ao bater raspando.

Com total domínio na primeira etapa, os cariocas mereciam uma vantagem maior no placar. Já o Ceará sentiu muito a falta de Vina e repetiu as atuações ruins longe de casa, onde ainda não venceu no Brasileirão.

A volta para a etapa final foi semelhante, com Flamengo chegando fácil no ataque. Andreas e Bruno Henrique desperdiçaram bons avanços. Com somente 16 minutos, foram três ótimas chances. Sem "matar o jogo", Maurício Souza optou por fortalecer ainda mais o ataque com Michael e Arrascaeta.

Mas quem anotou foi o Ceará. Com aposta de Tiago Nunes. Yony González bateu, Hugo Souza soltou e Rick, que acabara de entrar, igualou o marcador. Festa em preto e branco no Maracanã e em Belo Horizonte. O empate garantia a taça ao Atlético.

A torcida flamenguista voltou a inflamar o time. E incentivou Michael a partir para cima da marcação. Na primeira, ele cruzou e Gabriel parou em milagre de João Ricardo. Na segunda, cruzou para Bruno Henrique desviar e Matheuzinho bater forte para recolocar o Flamengo na frente do marcador.

Alguns torcedores invadiram o gramado e o jogo ficou paralisado. Um abraçou Arrascaeta. A polícia agiu rápido e a bola voltou a rolar para os flamenguistas seguirem sua festa. Xingaram Renato Gaúcho e pediram a volta de Jorge Jesus com o tradicional "mister, mister". Os sete minutos do acréscimo foram de sufoco, chutões e aplausos no apito final, mostrando que a paz segue reinando no Flamengo.

Esta matéria está em atualização.

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