O Atlético mostrou diversos erros táticos até aqui em 2019. Alguns apareceram em partidas isoladas e o time, mesmo sem ser brilhante, conseguiu se superar e vencer. Contra o Cerro, todos aconteceram de uma vez só, em uma única partida. Daí o resultado acachapante. Em Assunção, o Galo voltou a dar espaços demais para o adversário trabalhar e o que não faltaram foram erros de passe.
A marcação, frouxa, mesmo com um volante de contenção como Adílson em campo, permitiu que o Cerro trabalhasse com tranquilidade na intermediária atleticana. A transição, que poderia ser feita por Elias, não funcionou, e nada da bola chegar a Cazares e, consequentemente, a Ricardo Oliveira. Luan e Maicon Bolt, boas opções nos últimos jogos nas jogadas pelo lado, também não renderam como esperado e foram pouco acionados.
Apesar do espaço entre os setores, a qualidade técnica dos jogadores de frente do Atlético fez a diferença no lance do gol alvinegro. Uma prova de que, quando o time chega com mais jogadores à frente, pode render melhor.
Foi um lampejo de organização. Aí, em 13 minutos, quatro gols sofridos com falhas individuais, fruto de uma falta de conexão entre os setores e de uma tranquilidade para o adversário trabalhar. Junte-se a isso uma falta boba, que originou o primeiro gol e escancarou a dificuldade que o time tem para segurar um resultado favorável. Para completar, erros de passe dentro da área, goleiro e zagueiro batendo cabeça e uma saída desastrada de Victor.
Faltou ousadia para o Atlético ampliar o marcador no primeiro tempo e, mesmo com jogadores cascudos, não soube controlar o jogo e pelo menos segurar uma vantagem mínima ou, na pior das hipóteses, um empate. Sem poder de reação, com substituições que não mudam o padrão de jogo, o Galo arrastou no segundo tempo. É preciso que, mesmo com um elenco com poucas opções, o Atlético seja mais compacto e evitar derrotas como essa de Assunção.