Guarda-redes

Intocável, Victor molda sucessores no Galo

Dono da camisa 1 alvinegra, goleiro inspira jovens da nova geração, mas diz que também aprende com eles

Por Thiago Nogueira
Publicado em 12 de janeiro de 2019 | 07:00
 
 
 
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Vem aí uma nova geração de goleiros no Atlético: Cleiton, 21, Michael, 23, Fernando, 21, além do campeão olímpico Uilson, 24, que está machucado. Com a saída do experiente Giovanni, 31, então reserva imediato de Victor, no meio do ano passado, estaria o Galo bem servido numa eventual falta do camisa 1?

Aos 35 anos, Victor, titular absoluto e ídolo do clube, tem dado sua parcela de contribuição para os goleiros mais jovens. Hoje, o reserva imediato é Cleiton. O problema é que o dono da posição não costuma “largar o osso”.

No ano passado, Victor entrou em campo em 63 dos 64 jogos do time. Cleiton só fez um jogo oficial, contra o Villa Nova, pelo Campeonato Mineiro.

Nessa linha, o papel de Victor é contribuir para a formação dos outros goleiros, tendo como “orientador acadêmico” o preparador Chiquinho, mas sem abdicar de seguir seu papel.

“Primeiro, eu não posso dar brecha, porque senão eles me atropelam. Os moleques estão voando. Eles estão sempre bem-treinados. O fato de eu ser mais velho não quer dizer que eu não posso aprender com eles”, ressaltou Victor.

No dia a dia de trabalho, o goleiro titular procura dar dicas demais. “Eu procuro observar, conversar, eles são sempre abertos a isso, a uma correçãozinha, de um vício de movimento no aspecto técnico. A maturidade, você adquire jogando, com o trabalho diário. É uma troca, todo mundo cresce junto”, ponderou.

Compadres. Amigos dentro e fora de campo, Victor e Réver reeditam uma parceria que tem mais de 15 anos. Campeões da Copa do Brasil em 2005, pelo Paulista, de Jundiaí, ele voltariam a erguer taças juntos pelo Atlético em 2013 e 2014. Agora, com o retorno do zagueiro ao alvinegro, estão novamente lado a lado no setor de defesa.

“São 16 anos de parceria, jogando junto desde a base (no Paulista, de Jundiaí). Estamos ficando velhos. A capacidade do Réver dispensa comentários, a segurança, a liderança, o exemplo que ele tem são importantes”, destacou Victor.

Réver e Victor são compadres. O goleiro é padrinho de casamento e do filho do zagueiro. Essa sintonia pode ser importante para deixar a zaga alvinegra encaixada para a temporada. A defesa do Galo ganhou reforço com as chegadas do próprio Réver, do zagueiro Igor Rabello e também do lateral-direito Guga.

“Vai ser uma disputa sadia, que eleva o nível técnico da equipe, principalmente no meu setor”, ponderou o camisa 1 do Galo.

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