Aos 38 anos, Ricardo Oliveira encerrou sua primeira de três temporadas de Atlético com 22 gols e oito assistências, um aproveitamento considerado ótimo pelo próprio centroavante, apesar dos momentos de altos e baixos dele próprio e da instabilidade da equipe.
Foram 56 jogos em 2018, todos eles como titular, tornando-se o atleta de linha que mais atuou, ao lado de Luan. “Não me lesionei, fiquei cinco dias no departamento médico por cansaço muscular. Termino o ano como artilheiro do time e vice do campeonato (Brasileiro, com 13 gols). São 22 gols na temporada. Foi um primeiro ano difícil demais, com todas essas mudanças, num time novo. Foi para mim uma ótima temporada, mas poderia ter sido melhor”, avaliou o Pastor.
Ricardo Oliveira e o Atlético não conquistaram títulos neste ano. O alvinegro perdeu a final do Mineiro para o rival Cruzeiro, saiu na primeira fase da Copa Sul-Americana e caiu ainda nas oitavas de final da Copa do Brasil. No Campeonato Brasileiro, o Galo terminou em sexto lugar e se contentou com a vaga na pré-Libertadores do próximo ano.
O Atlético teve três treinadores na temporada. O time começou com Oswaldo de Oliveira, passou às mãos de Thiago Larghi e fechou o ano com Levir Culpi. Para Ricardo Oliveira, os atletas são tão culpados quanto os treinadores.
“O futebol brasileiro é isso. Trabalhei muitos anos no Brasil e vi treinadores fazerem planejamento de um ano e ficarem dois meses. É padrão do futebol brasileiro. Nós também somos culpados. Se o treinador foi mandado embora é porque o time não está dando o resultado necessário”, destacou o centroavante.
Ricardo Oliveira fez questão de lembrar aqueles que saíram e de agradecê-los pela oportunidade. “Me sinto culpado porque o Thiago (Larghi), o Oswaldo (de Oliveira) e o Alexandre (Gallo, então diretor de futebol) saíram. Foram as pessoas que me trouxeram, os resultados não vieram, e alguém tem que pagar”, destacou o jogador, que teve o contrato renovado em setembro, um ano e três meses antes do fim.
Vigor. O segredo para essa vitalidade já caminhando para o fim de carreira é a disciplina, segundo Ricardo Oliveira. “Tem que abdicar de algumas coisas, entender o seu corpo. Para recuperar aqui jogando quarta e domingo é muito mais difícil. Você precisa ter essa consciência, usufruir muito da estrutura que o Atlético oferece, boa alimentação, treino forte, descanso necessário, para poder jogar em alto rendimento no Campeonato Brasileiro”, ponderou.