Melhorou, mas ainda não é o ideal. Essa é a avaliação da maioria dos torcedores do Atlético que foram ao Mineirão neste domingo (10) para acompanhar a partida contra o São Paulo pelo Brasileirão. A falta de conferência de ingressos voltou a irritar quem paga o programa de sócio torcedor em dia.
Bernardo Alvarenga, morador do Bairro Maria Helena, em Venda Nova, BH, diz ter acessado o estádio sem leitura do QR Code do seu ingresso. "Isso está uma palhaçada no Mineirão. Eu estava com quatro ingressos, mas ele (o funcionário da empresa terceirizada pela Minas Arena) só leu dois. Eles (os criminosos) assaltam toda hora lá fora. Eu pago caro no pacote anual de jogos para ser assaltado na porta? Não existe isso. É por uso que a Arena MRV está vindo", diz o jovem.
O casal Evandro Gomes e Kátia Eliana frequentam o estádio com frequência. Eles também reclamam da situação dos ingressos. "Comprei dois ingressos pelo Galo na Veia: o do titular e o adicional. Mas, a mulher (da organização do Mineirão) me disse que eu só tinha um ingresso registrado. Eu nunca vi ninguém entrando sem ingresso, mas meu sobrinho já presenciou várias vezes. É muito ruim pra quem compra certinho", afirma a mulher.
Para Evandro, o problema maior é dentro do estádio. "Se acontece uma tragédia, ninguém consegue sair do estádio porque tem muito torcedor que ocupa as escadas. Muita gente que fica em pé sobre a cadeira também e atrapalha os mais baixos a assistir ao jogo. Lá dentro, é preciso ter mais funcionários", diz.
O estudante Leron Martins tirou o domingo para acompanhar a namorada são-paulina na torcida visitante. Para ele, a organização melhorou bastante. "Eu vim aqui contra o Santos e tive muita dificuldade pra entrar. A catraca não reconheceu meu ingresso e fiquei preso até a chegada de um gerente. Hoje, já achei que melhorou bastante. Entrei tranquilo", diz o torcedor.
Clayton Barbosa, de 35 anos, veio de Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, para acompanhar o Galo. Ele é mais um a reconhecer a melhora na organização do evento.
"Hoje, eu vi uma diferença na organização. É bom o torcedor chegar mais cedo também para evitar tumulto. É preciso disciplina. Vi uma maior quantidade de funcionários e policiais hoje", afirma.
Maicon Magalhães, de 26, é daqueles que não perde um jogo no Mineirão. Ele elogia a segurança. "Deu uma organizada bem melhor hoje. Não vi o transtorno e a bagunça dos outros jogos. Hoje, é casa cheia, mas está tranquilo", afirma.
A reportagem fez contato com a Minas Arena e aguarda posicionamento.
A falta de educação e de planejamento do torcedor também chama a atenção. Minutos antes da partida, muita gente ainda tomava cerveja e deixava para entrar de última hora. Além disso, a reportagem presenciou dois atleticanos urinando nas placas de ferro da Esplanada.