2017

Sette Câmara: Itair Machado tentou 'atravessar' negócio do Galo por Roger Guedes

Segundo o ex-presidente do Atlético, o Cruzeiro havia oferecido um valor mais alto, mas o Palmeiras o negociou com o alvinegro

Por Frederico Jota, Gabriel Moraes e Pedro Abílio
Publicado em 29 de junho de 2022 | 18:59
 
 
 
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Entrevistado pelo O Tempo Sports nesta quarta-feira (29), o ex-presidente do Atlético Sérgio Sette Câmara falou um pouco sobre o atual momento do clube e de seu mandato, que aconteceu entre 2018 e 2020. Entre as histórias, ele revelou uma pouco conhecida: conforme o advogado, antes de o Galo fechar negócio com o atacante Roger Guedes, o maior rival, Cruzeiro, tentou "atravessar" a negociação.

"Quando ele veio para o Atlético, ele tinha, entre aspas, uma fama de ser um sujeito meio 'marginal', difícil de se lidar. Quando eu liguei para o Alexandre Mattos, então diretor de futebol do Palmeiras e que eu já tinha uma relação com ele, pedi ajuda, pois ele tinha um elenco com uns 40 jogadores, e que a gente podia fazer uma vitrine, onde um atleta que não joga lá poderia aparecer aqui", contou.

Segundo Sette Câmara, Mattos, que posteriormente foi contratado pelo clube mineiro, alertou que o negócio era furada. "Ele foi falando dos jogadores e eu perguntei do Roger Guedes. 'Pega ele não, é um jogador complicado', disse. Nós analisamos e ficamos muito próximos de fechar com ele. Aí, eu recebi uma informação de um empresário falando que o Cruzeiro ia nos furar nessa contratação. 'O Itair ofereceu um valor muito maior pelo Roger Guedes'. Mas o Palmeiras tinha um interesse muito maior no Marcos Rocha", explicou.

Nos últimos dias de 2017, quando Câmara já tomava frente no time, Verdão e Galo acabaram fazendo um negócio de troca entre Roger Guedes e o lateral-direito Marcos Rocha, até hoje no time. Em meados de 2018, porém, o atacante emprestado ao Galo foi contratado pelo Shandong Taishan, da China.

Itair, um dos responsáveis pela maior crise da história da Raposa, assumiu cargo no clube em janeiro de 2018, apesar de já trabalhar nos bastidores meses antes. "Como todo mundo sabe hoje, o Cruzeiro não tinha dinheiro naquela época, mas eles saiam arrotando que tinham muito dinheiro, faziam aquisições mas depois não pagava ninguém", concluiu Sérgio.

Veja o vídeo:

A entrevista completa com o ex-mandatário alvinegro estará disponível em breve em O Tempo Sports e nas redes sociais.

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