Os bares da tradicional rua Piúm-i, no bairro Sion, região Centro-sul de Belo Horizonte, ficaram lotados de torcedores de Atlético e Cruzeiro que vieram acompanhar o clássico deste domingo (6).
Em praticamente todos os estabelecimentos, os televisores estavam ligados no jogo e os torcedores eram maioria entre os frequentadores. Apesar da rivalidade em campo e uma ou outra provocação entre as partes, o clima foi amistoso.
Atleticano, o torcedor Pedro Lucas Campos, 25, ressaltou que a rivalidade deve ficar só no campo. "Aqui a gente brinca, mas futebol é paz. Não é lugar pra guerra de torcida não", diz Pedro, fazendo alusão a briga entre torcidas organizadas que resultou na morte de uma pessoa na manhã deste domingo.
A cruzeirense Ana Vitória, 20, também destacou a harmonia entre as torcidas. "A gente é rival sim, mas inimigo jamais", disse a torcedora que acompanhava a partida ao lado de amigos atleticanos e cruzeirenses.
Segurança reforçada
Por conta do clima quente e a propensão a confusão, alguns bares aumentaram a segurança para o clássico. Em um dos bares da região, onde os responsáveis optaram por não se identificar, a equipe de seguranças recebeu o reforço de mais duas pessoas.
Os seguranças também mantém contato com outros profissionais de bares ao lado, afim de evitar confusões generalizadas. "Atlético e Cruzeiro é igual barril de pólvora, pode não acontecer nada, mas o risco sempre existe", compara o responsável pelo bar.