Por R$ 1,5 mil, o jovem de 18 anos preso por racismo praticado durante o jogo entre Cruzeiro e Lanús, no Mineirão, foi solto durante a madrugada desta quinta-feira (24/10), em Belo Horizonte. A informação é que a fiança teria sido paga pelo clube de Buenos Aires.
O argentino, que tentou se cobrir com uma camisa para imitar macaco na arquibancada em direção aos cruzeirenses, foi identificado pelas câmeras de segurança. Ele foi detido quando estava no Mineirinho, onde a torcida visitante estava concentrada.
Conforme a Polícia Civil de Minas Gerais, o suspeito foi autuado em flagrante pelo crime previsto no Art. 201. § 7 da Lei Geral do Esporte, que trata sobre casos de racismo no esporte brasileiro ou de infrações cometidas contra as mulheres. Após passar pela delegacia do estádio, o homem havia sido encaminhado para outra unidade policial, no bairro Alípio de Melo.
A partida terminou empatada por 1 a 1. Na próxima quarta-feira (30/10), haverá o duelo de volta, no estádio La Fortaleza, onde torcedores da Raposa deverão marcar presença.
Atos
Antes e durante a partida, ocorrida na noite dessa quarta-feira (23/10) e válida pela semifinal da Copa Sul-Americana, diversos 'granates' foram flagrados cometendo atos racistas, como passando a mão na pele e chamando os brasileiros de macacos. Além de ser crime, isso é passível de punição desportiva.
Pena
No Brasil, racismo é crime. Conforme a Lei 7.716, "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional", gera prisão reclusão de um a três anos e multa.