Após um hiato de 25 anos, o Cruzeiro volta a decidir um torneio sul-americano neste sábado (23), diante do Racing, em Assunção, no Paraguai, na grande final da Copa Sul-Americana 2024. E o objetivo é aumentar ainda mais a já repleta galeria de títulos internacionais da Raposa. 

Considerando apenas os torneios de competições oficiais organizadas pela Conmebol, o Cruzeiro já levantou sete troféus de peso, sendo os mais importantes deles os do bicampeonato da Libertadores (1976 e 1997).

Mas no rol de taças do clube também constam conquistas da Supercopa, Copa Ouro, Copa Master e Recopa Sul-Americana. 

No clima da decisão de hoje, O TEMPO Sports te relembra cada uma destas grandes conquistas celestes. Confira abaixo.


Copa Libertadores 1976

A primeira grande conquista sul-americana do Cruzeiro veio em grande estilo: já com o título da Libertadores de 1976.

Para chegar à sua primeira conquista internacional, o Cruzeiro superou Internacional, Sportivo Luqueño, Olímpia, LDU, Alianza e River Plate na final.

A equipe, comandada pelo técnico Zezé Moreira, contava com nomes de peso como Raul Plasmann, Wilson Piazza, Zé Carlos, Nelinho, Palhinha e Joãozinho, entre outros (veja o time base abaixo - Foto: Cruzeiro/Divulgação).

Joãozinho entraria para a história por marcar o gol do título no jogo 'desempate' entre as equipes, cobrando, de forma inesperada, uma falta que seria batida por Nelinho, decretando o 3 a 2 no placar. 

Ao erguerem a taça, os jogadores dedicaram a conquista ao atacante Roberto Batata, que havia falecido em um acidente de trânsito quatro meses atrás.


Supercopa da Libertadores 1991

A Supercopa da Libertadores era considerado o segundo torneio mais importante do continente entre 1988 e 1997.

Na edição de 1991 do torneio, o Cruzeiro, comandado pelo técnico Ênio Andrade, tinha nomes como Paulão e Adílson na zaga, Douglas, Ademir, Boiadeiro no meio-campo e Mario Tilico e Charles no ataque (confira abaixo - Foto: Cruzeiro/Reprodução).


 

Para chegar ao título, a Raposa passou por Colo Colo, Nacional (URU), Olímpia e River Plate na grande decisão, quando, em uma noite especial, conseguiu reverter, no Mineirão, os 2 a 0 sofridos no duelo de ida na Argentina.


Supercopa da Libertadores 1992

Com o mesmo time base do ano anterior, mas com reforços como Paulo Roberto e Luizinho na defesa, Betinho no meio-campo e a dupla ofensiva formada por Roberto e Renato Gaúcho, o Cruzeiro conquistou o bicampeonato da Supercopa da Libertadores, então sob comando do técnico Jair Pereira (Veja o time base abaixo - Foto: Cruzeiro/Divulgação). 



Para levantar a taça, o time celeste passou por Atlético Nacional (COL), River Plate, Olímpia e Racing na grande final, quando fez 4 a 0 no jogo de ida e sacramentou o título mesmo com a derrota de 1 a 0 no duelo de volta.


Copa de Ouro 1995

A Copa de Ouro Nicolás Leoz foi disputada entre 1993 e 1996. Na edição de 1995, o Cruzeiro decidiu o título com o São Paulo.

O time contava com Dida, Nonato, Serginho, Ricardinho, Belletti, Paulinho McLaren e Roberto Gaúcho, novamente sob o comando de Ênio Andrade (Confira abaixo - Foto: Cruzeiro/Reprodução).



O time celeste perdeu o duelo de ida em casa, mas deu o troco no Pacaembu. Com uma vitória para cada lado, o título foi definido na disputa de pênaltis: com brilho do goleiro Dida, o Cruzeiro venceu por 4 a 1 e levantou o caneco.


Copa Master da Supercopa 1995

Reunindo todos os campeões da Supercopa da Libertadores, a Copa Master foi realizada pela Conmebol apenas em duas ocasiões, em 1992 e 1995, com o time celeste sendo seu último campeão.

Sob o comando do técnico Carlos Alberto Silva, o time contava no elenco com jogadores como Nonato, Ademir, Ricardinho e Marcelo Ramos.

O título foi decidido diante do tradicional Olímpia. E coube a Marcelo Ramos fazer o gol do título, no Mineirão, após um tenso 0x0 no Paraguai (foto).



Libertadores 1997

Após começar a disputa da Libertadores de 1997 com três derrotas consecutivas, o Cruzeiro mostrou poder de superação sob o comando do técnico Paulo Autuori para faturar o título. 

Além das atuações de gala do goleiro Dida, o time ainda contava com a segurança no setor defensivo com Gelson, Wilson Gottardo e Nonato, Ricardinho e Donizete Amorim no meio-campo e atacantes como Marcelo Ramos, Elivélton e Alex Mineiro.

Para levantar a taça, a Raposa passou por Alianza Lima, Grêmio e Sporting Cristal na fase de grupos, El Nacional, do Equador, outra vez pelo Grêmio, Colo Colo e novamente Sporting Cristal na final.

Na grande decisão, após um 0x0 no Peru, em que Dida também salvou a Raposa, coube a Elivélton, em um chute de fora da área, marcar o gol do título em um Mineirão lotado por mais de 106 mil torcedores.

Recopa Sul-Americana 1998

A última grande conquista internacional celeste foi a Recopa de 1998, que colocou frente a frente o Cruzeiro, campeão da Libertadores de 1997, e o River Plate, que havia vencido a Supercopa da Libertadores no ano anterior.

Com o técnico Levir Culpi no comando, o time contava com jogadores como o goleiro André, os zagueiros Cris e Marcelo Dijian, Marcos Paulo, Ricardinho e Djair no meio-campo e Geovanni, Alex Alves e Marcelo Ramos no ataque (foto - Edição dos Campeões/Revista Placar/Reprodução).

 

E o time celeste 'atropelou' o River Plate, vencendo por 2 a 0 no Mineirão e por 3 a 0 em pleno Monumental de Núñez. 


Agora a torcida celeste fica na expectativa pela conquista da Copa Sul-Americana. Cruzeiro e Racing se enfrentam no Estádio La Nueva Olla a partir de 17h deste sábado (23). A partida terá transmissão da FM O Tempo 91,7 e também no YouTube de O Tempo Sports.