Uma situação temida pelo Cruzeiro, acontecerá: o jogo contra o Palmeiras, na próxima quarta-feira (1/12), às 21h30 (de Brasília), não terá presença de torcedores no Mineirão. Determinação é da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que segue, parcialmente, recomendação de autoridades mineiras.
Tanto o governo de Minas Gerais quanto o Ministério Público recomendaram que a partida não tivesse a presença de palmeirenses no estádio. Entidades se mostraram preocupadas com o reencontro de integrantes das torcidas organizadas Máfia Azul e Mancha Alvi Verde.
Após a recomendação de torcida apenas do time mandante, o Porco acionou a CBF solicitando a presença dos seus torcedores no Gigante da Pampulha. O clube paulista argumentou que a realização do embate apenas com celestes feriria o "princípio de isonomia".
Essa isonomia foi buscada pela CBF. Como os órgãos não garantem segurança com a torcida do Palmeiras presente em Belo Horizonte, também não pode haver cruzeirenses na partida, visto haver celestes no Allianz Parque no primeiro turno do Campeonato Brasileiro.
Nesta segunda-feira (2/12), haverá uma reunião com autoridades e pessoas ligadas à organização do evento, válido pela 37ª rodada do Brasileirão Série A, para definir alguns detalhes. A Raposa tentará reverter a decisão, mas isso é considerado como improvável.
Procurados pela reportagem de O TEMPO Sports, o Cruzeiro, o Palmeiras e o Governo de Minas ainda não se manifestaram sobre a presença de torcedores na partida.
Assassinato
Na madrugada do dia 27 de outubro, dois ônibus com integrantes da Máfia Azul, que retornavam de Curitiba, sofreram uma emboscada na rodovia Fernão Dias, na altura de Mairiporã, interior de São Paulo. Membros da Mancha Alvi Verde atiraram diversos artefatos nos veículos, e um deles foi incendiado.
Obrigados a saírem, cruzeirenses foram espancados. Ao todo, 17 pessoas ficaram feridas e um homem de 30 anos, natural de Sete Lagoas-MG, morreu. Facções são conhecidas pela rivalidade e por atos de violência.