A CBF se manifestou sobre a polêmica envolvendo a presença das torcidas de Cruzeiro e Palmeiras na partida desta quarta-feira (4), no Mineirão. Em comunicado enviado para o Ministério Público de MG e à Polícia Militar do estado, já nos primeiros minutos de quarta (4), dia da partida, a entidade máxima do futebol nacional confirmou o envio do ofício em que sugere a presença das duas torcidas no estádio.  

O posicionamento da CBF reforça a isonomia da competição. “No documento, a CBF alega que a entrada dos torcedores dos dois clubes no estádio seria necessária para preservar princípios inegociáveis como a isonomia, o equilíbrio técnico e igualdade de oportunidades para todas as equipes disputantes em qualquer das fases da competição, mas, ainda com maior rigor, na sua fase final, considera que haveria a quebra da reciprocidade de tratamento acaso fosse vedado o acesso do público ao estádio nesse jogo de volta (no primeiro turno, no jogo de ida, a partida realizou-se com a presença das duas torcidas).      

Segundo a CBF, uma força tarefa foi montada para tratar o assunto. “A decisão da CBF foi tomada nesta terça-feira (3), na reunião realizada pelos diretores Júlio Avellar (Diretor de Competições), André Mattos (Diretor Jurídico), Hélio Menezes (Diretor de Governança e Conformidade) e Helder Melillo (Diretor Executivo Administrativo)”, escreve. 

A entidade confirmou o pedido celeste por torcida única e revelou ter recebido ofício do MPMG somente na terça-feira do último dia 29 de novembro. 

“No dia seguinte, sábado, dia 30/11, a CBF, em cumprimento do seu dever de ofício na proteção da estrita legalidade, expediu ofício ao Ministério Público solicitando que revisse a sua recomendação e consultando se realmente a Polícia Militar não teria condições de garantir a segurança da partida. No mesmo dia, em resposta ao Ofício da CBF, o MPMG ratificou os termos da recomendação de se fazer partida com torcida única”, revelou a CBF.  

O impasse segue e o torcedor ainda sem a liberação para presenciar o jogo. A situação deve voltar a ser discutida pelas forças de segurança do Estado de Minas Gerais na manhã desta quarta-feira (4), faltando menos de 12 horas para a partida.