A torcida do Cruzeiro ficou na bronca não só com a derrota em si para o Fortaleza, mas também pelo jogo não ter acontecido no Mineirão. Coadjuvante na história sobre a venda do mando de campo, ocorrida pela antiga gestão da SAF celeste, o CEO do Leão do Pici, Marcelo Paz, explicou a recusa pela troca de estádio.
Após a Raposa vencer o Botafogo por 3 a 0, aumentando a expectativa da China Azul pelo próximo compromisso, a gestão atual do clube, encabeçada por Pedro Lourenço, tratou de tentar alterar o estádio da partida contra o Fortaleza, marcada para o Kleber Andrade, em Cariacica-ES. No entanto, precisaria do aval do adversário.
"Chegou o contato a mim, mas, de imediato, cortei a possibilidade. Eu não queria pegar o Cruzeiro com 60 mil pessoas no Mineirão. Era a oportunidade da gente jogar aqui, para 10 mil, num gramado em que as duas equipes não conheciam. Assim como nós viajamos, eles também. Era uma vantagem que passaríamos a ter", explicou Paz ao Grupo Globo.
Ele também falou sobre a relação com Alexandre Mattos, CEO de futebol do Cruzeiro. "Falei com o Alexandre que não teria chance. Sei que ele estava no papel dele, é um cara que adoro, um grande profissional, mas não daria para fazermos isso agora. Já estávamos com a logística definida também. Eles entenderam normalmente", completou.
Conforme Marcelo Paz, a vitória por 2 a 1 superou a expectativa. "Até um empate seria um bom resultado aqui, e conseguimos uma vitória. Sabemos que se fosse no Mineirão, seria muito mais difícil. Tivemos a oportunidade de vencer um Cruzeiro, que briga pela Libertadores, num campo neutro", falou.
O time mineiro tem outro mando de campo neste returno de Brasileirão Série A vendido. O duelo diante do São Paulo, previsto para setembro, será na Arena BRB Mané Garrincha, em Brasília. A princípio, seriam quatro jogos nessa condição.