A Federação Mineira de Futebol (FMF) se pronunciou oficialmente, na tarde desta quinta-feira (13/2), sobre as polêmicas envolvendo arbitragem no último clássico entre Cruzeiro e Atlético. Pela manhã, diretores da Raposa foram à sede da entidade para reunião que abordou o tema.

Lances

Maior reclamação por parte do Cruzeiro, a FMF admitiu que a equipe do VAR errou em não chamar o juiz principal, Felipe Fernandes de Lima, no lance em que o zagueiro do Galo Lyanco pisou no braço do atacante da Raposa Dudu. No entanto, conforme a Comissão de Arbitragem (CA), o ato foi acidental.

"Na reunião, foi relatado de que o lance envolvendo os atletas Lyanco, do Atlético, e Dudu, do Cruzeiro, foi acidental, na visão da Comissão de Arbitragem. Porém, como o árbitro central da partida não viu o lance no campo, a CA entende que ele poderia ter sido alertado pelo árbitro de vídeo, Rodolpho Toski Marques, para uma análise detalhada e decisão interpretativa por parte do árbitro de campo, Felipe Fernandes de Lima", informou.

No segundo gol do Atlético e de Hulk, que teria feito falta no zagueiro Fabrício Bruno no momento em que eles entravam na área, a CA também entende que o lance deveria ter sido revisado. "No lance do segundo gol do Atlético, em jogada envolvendo Hulk e Fabrício Bruno, a FMF entende que deveria ter sido feita uma análise mais detalhada por parte do VAR, com o uso do zoom". disse.

Já na expulsão de Gabigol, que deu uma cotovelada em Lyanco, a FMF entende que o processo foi efetuado da maneira correta. "Na expulsão do atacante Gabriel Barbosa, a FMF também apresentou as imagens e áudios, em que ficou nítido que o árbitro de campo não argumentou que o atleta Lyanco, do Atlético, estava com a cabeça abaixada. Portanto, o árbitro de vídeo interpretou como agressão e convocou o árbitro de campo para avaliar o lance. Após analisar as imagens na ARA, ele aplicou o cartão vermelho", afirmou.

Áudios

A federação também esclareceu que, conforme o atual protocolo da CA, os clubes que tiverem qualquer questionamento em relação à arbitragem dos jogos, podem solicitar o acesso aos áudios e vídeos do VAR. Como aconteceu com o Cruzeiro, isso acontece por reunião presencial. "O objetivo é evitar distorções e/ou edições nos áudios e vídeos dos lances analisados", falou em nota.

Nota na íntegra

"A Federação Mineira de Futebol informa que foi realizada nesta quinta-feira, na sede da entidade, uma reunião com integrantes da diretoria do Cruzeiro Esporte Clube. Participaram da reunião pela FMF, o diretor de competições Gabriel Cunha, o presidente da comissão de arbitragem Márcio Eustáquio Santiago e o Chefe de Gabinete da Presidência, Daniel Las Casas.

O primeiro ponto a ser esclarecido é que, conforme o atual protocolo da Comissão de Arbitragem (CA), os clubes que tiverem qualquer questionamento em relação à arbitragem dos jogos, podem solicitar o acesso aos áudios e vídeos do VAR, o que é feito em reunião realizada diretamente entre a CA e o clube interessado. O objetivo é evitar distorções e/ou edições nos áudios e vídeos dos lances analisados.

Na reunião, foi relatado de que o lance envolvendo os atletas Lyanco, do Atlético, e Dudu, do Cruzeiro, foi acidental, na visão da Comissão de Arbitragem. Porém, como o árbitro central da partida não viu o lance no campo, a CA entende que ele poderia ter sido alertado pelo árbitro de vídeo, Rodolpho Toski Marques, para uma análise detalhada e decisão interpretativa por parte do árbitro de campo, Felipe Fernandes de Lima.

Na expulsão do atacante Gabriel Barbosa, a FMF também apresentou as imagens e áudios, em que ficou nítido que o árbitro de campo não argumentou que o atleta Lyanco, do Atlético, estava com a cabeça abaixada. Portanto, o árbitro de vídeo interpretou como agressão e convocou o árbitro de campo para avaliar o lance. Após analisar as imagens na ARA, ele aplicou o cartão vermelho.

No lance do segundo gol do Atlético, em jogada envolvendo Hulk e Fabrício Bruno, a FMF entende que deveria ter sido feita uma análise mais detalhada por parte do VAR, com o uso do zoom. 

Ainda esclarecemos que, por conta da renovação da licença do árbitro Igor Junio Benevenuto, que atualmente está em Dubai, a FMF convidou para os jogos do Mineiro SICOOB 2025 os árbitros de vídeo de outro estado, Rodolpho Tosky Marques e Wagner Reway, ambos FIFA, que estão prestando serviços como VAR nos jogos da FMF desde a temporada 2024. 

A FMF reforça que a reunião com o Cruzeiro foi transparente, colaborativa e cordial e que, diante das alegações do clube e da avaliação da FMF, o árbitro de vídeo Rodolpho Toski Marques não participará das fases decisivas do Campeonato Mineiro."