Venda de camisas antecipadas, apresentação midiática com direito a Mineirão cheio, torcedores em polvorosa. Gabigol chegou ao Cruzeiro com status de estrela, e era simplesmente inimaginável o time titular da Raposa em 2025 sem a presença do ex-atleta de Santos, Inter de Milão e Flamengo. Porém o desenrolar do ano mudou este quadro, e hoje o camisa 9, apesar de importante para Leonardo Jardim, está longe do papel de protagonista da Raposa. 

Após ficar de fora dos dois primeiros jogos do Campeonato Mineiro, Gabigol assumiu a titularidade na equipe, então comandada pelo técnico Fernando Diniz. Mas o treinador foi demitido após a terceira rodada do Estadual, dando lugar a Wesley Carvalho. O interino manteve Gabigol como titular no ataque, até a chegada de Leonardo Jardim, quando tudo começou a mudar. 

O português, a princípio, também seguiu escalando Gabigol entre os 11 iniciais. Porém com o rendimento da equipe abaixo do esperado, o comandante celeste decidiu fazer mudanças na formação do time. E Gabigol foi um dos que deixaram a equipe, a partir do jogo contra o São Paulo, na 3ª rodada do Campeonato Brasileiro. Desde então, Gabriel Barbosa tem sido menos utilizado do que se esperava no início do ano, apesar de ainda ser frequentemente acionado do banco de reservas. 

O técnico Leonardo Jardim fez 23 jogos pelo Cruzeiro até aqui. Deles, em apenas 11 (menos da metade), Gabigol iniciou o jogo como titular. Mesmo assim, em dois desses compromissos o treinador optou por usar um time alternativo, poupando os titulares.

Em quatro das partidas da Raposa sob o comando do 'Míster', o atacante nem entrou em campo. E em outras oito oportunidades, Gabriel entrou durante a partida. Nesses jogos em que o centroavante entrou após o início, em quatro ele foi acionado após os 25 minutos da etapa final, ou seja, já na parte final do jogo. Em duas oportunidades o camisa 9 entrou antes dos 20 minutos do segundo tempo. 

Para se ter ideia, todos os 23 jogos do Cruzeiro com Leonardo Jardim no comando somam ao menos 2.070 minutos. Destes, Gabigol jogou apenas 986 minutos, apenas 47,6% da soma de tempo de todos os jogos.

Mudança de função

Além da mudança de status, a posição e a fubnção de Gabigol também se alteraram um pouco com Leonardo Jardim. Centroavante de ofício, Gabriel tem entrado mais recuado, saindo mais da área, como um segundo atacante e, até mesmo, um armador.

Tanto é que desde que Jardim assumiu a Raposa, Gabigol já deu quatro assistências. Em compensação, com o português o atacante marcou apenas dois gols. Antes da chegada de Leonardo, Gabriel tinha mandado sete bolas para a rede.