Com clássico, não tem jeito: seja antes, durante ou depois, as provocações tomam conta do ambiente. Não é diferente com o duelo entre Cruzeiro e Atlético, um dos maiores do Brasil, que vai se repetir na próxima quinta-feira (11), pela volta das quartas de final da Copa do Brasil. E na véspera do clássico decisivo, O TEMPO Sports relembra algumas provocações na história do confronto.
Pagou língua
Em 1977, Toninho Cerezo, então jogador do Atlético, declarou que enquanto ele, Reinaldo e Paulo Isidoro estivessem no Galo, o Cruzeiro não seria campeão. A comissão técnica do time azul usou as palavras do atleta como combustível para motivar os jogadores celestes. E a estratégia deu certo: a Raposa acabou campeã mineira naquele ano.
Imitação de galinha
Em 2009, o Cruzeiro aplicou uma das goleadas marcantes na história do clássico. No jogo de ida da final do Campeonato Mineiro, a Raposa venceu o Atlético por 5 a 0, e o atacante Kléber Gladiador marcou o primeiro gol. Na comemoração, o centroavante imitou uma galinha, em provocação ao Galo, mascote do time alvinegro.
E esta não foi a primeira vez em que a provocação foi feita por um jogador do Cruzeiro. Na década de 90, Paulinho McLaren imitava uma galinha quando marcava em clássicos.
9 a 2: lembra?
Em 2014, o Atlético deu o ‘troco’ no Cruzeiro. Na vitória por 3 a 2 sobre a Raposa no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro daquele ano, o atacante Diego Tardelli marcou o segundo gol atleticano. Na comemoração, ele se juntou ao lateral-direito Marcos Rocha para provocar o time celeste.
Na celebração do gol, Tardelli e Marcos Rocha ficaram de costas para os câmeras e fotógrafos e exibiram os números de suas camisas (a 9, de Tardelli, e a 2, de Marcos Rocha), em clara alusão à histórica goleada de 9 a 2 aplicada pelo Atlético no Cruzeiro, em 1927.
Salão de festas
Também em 2014, o Atlético conquistou sua primeira Copa do Brasil da história, e justamente em cima do rival Cruzeiro. O jogo de volta, que teve vitória atleticana por 1 a 0 e confirmou o título, foi realizado no Mineirão. Após o jogo, Diego Tardelli, que marcou o gol da vitória, provocou os rivais.
“Aqui é nosso salão de festas”, disse o atacante, falando que o Mineirão, chamado pelo torcedor do Cruzeiro de Toca III, passaria a ser conhecido pelo atleticano como "Salão de Festas", após a conquista da Libertadores em 2013 e da Copa do Brasil e 2014.
Milho no chão
Em 2023, o Cruzeiro venceu o primeiro clássico disputado na Arena MRV, estádio do Atlético. Com gol contra do zagueiro Jemerson, a Raposa ganhou por 1 a 0, pelo segundo turno do Campeonato Brasileiro. Após a partida, o volante celeste Felipe Machado não perdoou: ainda no gramado do estádio, o meio-campista estrelado simulou estar jogando milho no chão, em provocação ao Galo, mascote alvinegro.
Milho de um lado, medalha do outro
Em 2024, foi a vez Guilherme Arana ‘dar o troco’ na provocação de Felipe Machado. O Galo conquistou o Campeonato Mineiro em cima do Cruzeiro, vencendo o jogo de volta no Mineirão, só com torcedores celestes, por 3 a 1. Após a conquista, Arana e outros jogadores do Atlético jogaram medalhas no gramado do Gigante da Pampulha, em alusão ao título alvinegro e ao gesto de Machado.
Chororô
Ainda em 2024, Guilherme Arana protagonizou outra provocação ao rival. No primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o Galo fez 3 a 0 no Cruzeiro, na Arena MRV. Autor do terceiro gol alvinegro, Arana comemorou o gol fazendo o famoso gesto de chororô.
Frango frito
O atacante do Cruzeiro Yannick Bolasie é conhecido por ser irreverente, 'zoeiro' e provocador nas redes sociais, sempre comemorando as vitórias celestes com alguma provocação ao time que a Raposa venceu. E após o jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil deste ano, o congolês não perdeu tempo. Bolasie foi às redes sociais e publicou um vídeo comendo frango frito, em alusão ao Galo, mascote atleticano.