As más administrações das últimas gestões que arrasaram as finanças do Cruzeiro seguem 'cobrando seu preço'. O clube terá que pagar ainda este ano R$ 6 milhões de dólares (cerca de R$ 31 milhões) ao Pyramids, do Egito, pela contratação do meia Rodriguinho, em janeiro de 2019.
Como o clube egípcio reclamou a dívida na Fifa, caso o Cruzeiro não efetue o pagamento (acrescido de multa), voltará a ficar impedido de registrar atletas, assim como havia acontecido no início desta temporada, quando sofreu um 'transfer ban'.
O valor total da contratação de Rodriguinho foi de 7 milhões de dólares (cerca de R$ 40 mi), mas o Cruzeiro pagou 'apenas' 1 milhão de dólares. O restante deveria ter sido pago, de forma parcelada, mas o clube celeste não honrou o compromisso.
Entre dezembro de 2019 e dezembro de 2020 eram previstas quatro parcelas fixas, no valor de 500 mil dólares. Também havia uma de 1 milhão de dólares. O Cruzeiro não quitou nenhuma delas.
Em função disso, o clube já havia sido condenado a pagar 3,3 milhões de dólares ao Pyramids (valor das parcelas, acrescido de multa). Em janeiro deste ano, venceu mais uma parcela, a maior delas, no valor de 3 milhões de dólares.
Sem retorno
Apesar do alto investimento para a sua contratação, em campo Rodriguinho não deu o retorno esperado. Contratado para o lugar do uruguaio Arrascaeta, que havia se transferido para o Flamengo, ficou pouco mais que um ano no clube.
No total, fez apenas 22 jogos, tendo marcado oito gols. Sua trajetória no clube ainda foi prejudicada por uma lesão no joelho. Teve que passar por cirurgia e ficou um bom tempo fora de combate.
Depois do Cruzeiro, Rodriguinho ainda defendeu o Bahia e hoje está no Cuiabá.
Dinheiro do próprio bolso
Em janeiro desde ano, antes mesmo de assinar oficialmente a compra de 90% das ações da SAF Cruzeiro, Ronaldo usou recursos próprios de cerca de R$ 23 milhões para quitar débitos do clube em relação a contratação do armador Arrascaeta e dos atacantes Rafael Sóbis e Riascos. Só assim o time celeste pode inscrever seus novos reforços para o início da temporada.
Em abril, o clube quitou outros débitos referentes ao zagueiro equatoriano Caicedo e ao atacante Careca, contratado junto ao Atlético-AC, mas que sequer chegou a jogar com a camisa celeste.