Em reunião do Conselho Deliberativo, realizada na noite desta terça-feira, no Parque Esportivo do clube, no Barro Preto, o Cruzeiro aprovou o balanço financeiro do clube, referente ao último ano da gestão do presidente Gilvan de Pinho Tavares, em 2017. O levantamento mostrou um déficit de R$ 17 milhões, valor que, segundo o próprio Gilvan, foi aventado em R$ 22 milhões, por isso a aprovação das contas com ressalvas.
O ex-presidente Gilvan de Pinho Tavares contestou o suposto aumento. O primeiro levantamento mostrava um superávit de R$ 30,5 milhões. "Foi aventado isso (R$ 22 milhões de déficit), eles não sabem ainda ao certo, vão averiguar se é isso mesmo", destacou.
O encontro, que tinha previsão de início às 19h, começou com uma hora de atraso e se estendeu até às 20h45. A reunião foi presidida pelo ex-presidente do Cruzeiro e senador da república Zezé Perrella, atual presidente do conselheiro deliberativo do clube, e contou com a presença do atual cartola celeste Wagner Pires de Sá.
O ex-presidente celeste, Gilvan de Pinho Tavares, que teve as contas aprovadas, falou sobre a reunião e o aumento da dívida. "Foi uma reunião boa, que acabou aprovando as contas. O que a gente quer é que a vida do Cruzeiro prossiga. O que disseram foi que tinha uma dívida de R$ 16 milhões, mas subiu para R$ 22 milhões", disse.
"Mas sugiro que eles peguem a premiação recebida por este clube, que deixei montado para a nova diretoria e que foi campeão mais uma vez da Copa do Brasil", ressaltou Gilvan de Pinho Tavares.
Alguns conselheiros mostraram-se contrariados com as alegações de Gilvan, alegando que o dirigente foi o responsável direto pelo aumento da dívida do clube ao longo dos anos. Em 2017, a Raposa viveu momento de dificuldade financeira, chegando a atrasar salários dos atletas.
A dívida do clube, de acordo com o novo balanço, ultrapassa a casa dos 400 milhões, mas os conselheiros ouvidos pela reportagem mostram otimismo no que consideram ser algo administrável. Uma nova reunião do conselho está marcada para o mês de dezembro.