O Cruzeiro até saiu na frente do Remo. Mas acabou sofrendo a virada da equipe paraense, dando sequência assim a um tabu de 43 anos sem vencer o Leão, uma verdadeira pedra no sapato da Raposa. No fim, permaneceu no placar o 2 a 1 para o Remo, em jogo realizado na noite desta terça-feira (19) e que abriu a terceira fase da Copa do Brasil para o time celeste. É só a primeira parte dessa história, tem o jogo da volta em Belo Horizonte. Mas ficou aquele gosto amargo para o torcedor celeste, que pode reclamar dos gols polêmicos assinalados pela arbitragem comandada por Marcelo de Lima Henrique. Mas também teve muito dos erros celestes, que inclusive perdeu um pênalti, cobrado por João Paulo e defendido por Vinícius.
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O time celeste só volta a enfrentar o Remo no dia 11 de maio, às 19h30 (de Brasília), na capital mineira. O empate é do Remo, enquanto uma vitória celeste por 1 a 0 vai levar a decisão para os pênaltis. Um resultado por dois gols de diferença dará a classificação diretamente para o Cruzeiro, que luta para retornar às oitavas de final da Copa do Brasil após dois anos de ausência.
O jogo
Foi um primeiro tempo difícil para o Cruzeiro. O trio ofensivo celeste teve a estreia de Jajá, atuando ao lado de Waguininho e Rodolfo. Mas os atacantes do time comandado pelo técnico Paulo Pezzolano erraram bastante nas conclusões. Faltou qualidade no último toque e, consequentemente, empurrar a bola para o fundo das redes do goleiro Vinícius. A melhor chance veio sem dúvidas com o lateral Rômulo, que recebeu de Jajá na direita, invadiu a grande área e chutou na rede pelo lado de fora.
Investindo pelas jogadas de beirada de campo, o Cruzeiro tinha problemas no mano a mano dos laterais com os atacantes do Remo. O fato era quie a Raposa precisava de um fato novo, ainda mais tendo um buraco criativo no meio-campo, com João Paulo bem marcado.
Foi isso que o técnico Paulo Pezzolano propôs ao sacar Waguininho, mais uma vez com uma partida irregular, e mandar a campo Daniel Jr., além de tirar o amarelado Miticov e ter em campo um toque de maior qualidade com Pedro Castro. As mudanças surtiram efeito com um Cruzeiro mais presente no ataque e a melhora de rendimento de Jajá, que sofreu um pênalti, aos 2 minutos da etapa final. João Paulo, conhecido por sua frieza na marca da cal, dessa vez parou no goleiro Vinícius. Uma batida muito displicente, telegrafando o canto para o arqueiro do Remo.
Mas o Cruzeiro continuou em cima do adversário e saiu à frente no placar aos 20 minutos, com Rodolfo. O ex-americano não fazia um gol desde agosto do ano passado, mas desencantou após cruzamento rasteiro de Daniel Jr. vindo da esquerda. O Cruzeiro conseguiu segurar a vantagem por cinco minutos, mas aí vale o destaque para a arbitragem.
Sem o VAR, a terceira fase da Copa do Brasil proporciona um campo aberto para questionamentos. Os dois gols do Remo, os da virada, foram marcados por lances duvidoso. No primeiro, a falta cobrada por Marlon teve uma carga em Willian Oliveira, que desviou para o gol de Rafael Cabral e a arbitragem de Marcelo de Lima Henrique validou. Reclamação celeste.
No segundo gol, aos 32 minutos, Marlon novamente na bola parada encontrou Anderson Uchoa, que casquinhou para Daniel Felipe completar. A posição era de impedimento, mas o gol foi assinalado, sacramentando uma dolorosa derrota da Raposa, mais uma dentro de Belém, onde nunca ganhou na história. O tabu permanece. Os gols irregulares podem ter acontecido, mas o Cruzeiro também teve suas chances. Pelo menos três oportunidades claras. Mas não foi eficiente para colocar lá dentro. E isso também, somado aos erros, pesou para a derrota em Belém.
FICHA TÉCNICA
Remo 2 x 1 Cruzeiro
Motivo: primeiro jogo da terceira fase da Copa do Brasil 2022
Local: Baenão, em Belém-PA
Público: -
Renda: -
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (CBF-CE)
Cartões amarelos: Renan Castro e Anderson Uchoa (Remo); Zé Ivaldo, Miticov, Willian Oliveira e João Paulo (Cruzeiro)
Cartões vermelhos: -
Gols: Rodolfo, aos 20 minutos do 2º T (Cruzeiro); Willian Oliveira (contra), aos 25 minutos, e Daniel Felipe, aos 32 minutos do 2º T (Remo)
Remo
Vinícius; Ricardo Luz, Daniel Felipe, Marlon e Leonan (Renan Castro); Anderson Uchoa, Paulinho Curuá (Marciel) e Erick Flores (Felipe Gedoz); Bruno Alves, Brenner (Vanílson) e Fernandinho (Ronald). Técnico: Paulo Bonamigo.
Cruzeiro
Rafael Cabral; Rômulo, Oliveira, Zé Ivaldo e Rafael Santos (Bidu); Willian Oliveira, Miticov (Pedro Castro) e João Paulo; Waguininho (Daniel Júnior), Rodolfo e Jajá (Marcelinho). Técnico: Paulo Pezzolano.