Um dos jogadores que ficou marcado pelo rebaixamento do Cruzeiro no ano passado, o lateral-direito Edílson comentou sobre a conturbada e curta passagem de Rogério Ceni na Raposa no ano passado. O jogador chegou a ser apontado como um dos motivadores da saída do comandante, uma vez que acabou preterido em algumas oportunidades, como a semifinal da Copa do Brasil, contra o Internacional, no jogo da volta, no Beira-Rio.
Naquela ocasião, Ceni preferiu escalar o volante Jadson na lateral-direita e afirmou em entrevista coletiva após a partida que tinha lido declarações de Edílson sobre não ter condições físicas de atuar por muito tempo.
À Fox Sports, Edílson apontou que vê Ceni como um grande ídolo no futebol, mas não concordava com algumas opiniões do comandante. O jogador, porém refutou que o elenco quis derrubar o treinador.
"O Rogério, para mim, é um ídolo. É um cara que eu tenho um respeito muito grande pelo o que ele fez no futebol, mas tem coisas que eu não concordo que ele tenha feito. Assim como, de repente, tem coisa que ele não concorda que eu tenha feito naquele momento. Mas é vida que segue. O respeito por um ídolo vai ser sempre gigante. Não tinha panelinha, nosso grupo era unido, não tinha briga e ninguém queria derrubar treinador algum", disse o jogador, em entrevista.
Edílson permaneceu na Toca da Raposa para a temporada 2020, mas perguntado sobre as razões para o rebaixamento celeste, o atleta citou a crise política e a saída de Mano Menezes.
"Eu credito muito essa queda à crise política que o clube viveu. Sem sobra de dúvidas isso atrapalha muito. A gente sempre tenta filtrar, falar que não nos afeta, mas nos afetou sim. A saída do Mano Menezes era um dos nossos líderes, que comandava nosso vestiário, isso também pesou", analisou o lateral-direito.