Funcionários do Cruzeiro publicaram uma carta direcionada aos conselheiros em que defendem a permanência de Ronaldo como dono da SAF do clube. Os colaboradores descrevem o período de 2019 a 2021 como "pesadelo" e veem na chegada do Fenômeno uma "luz no fim do túnel".
Os funcionários destacam que, desde o início da gestão de Ronaldo, os salários e compromissos com fornecedores estão em dia. Eles temem que o recente impasse entre conselheiros e a gestão da SAF envolvendo as Tocas I e II possa impedir a sequência dos trabalhos da nova direção.
"Agora, novamente muitos problemas políticos internos. Não podemos esquecer tudo que vivemos recentemente, pois tudo vai voltar caso essa compra não seja concluída. Sabemos disso porque estamos aqui dentro. Passamos por muitas gestões e podemos dizer com autoridade que o problema não são dois imóveis de garantia para uma dívida que o próprio Cruzeiro fez", diz o texto.
A carta lembra os recorrentes atrasos de salário desde 2019, quando a Raposa foi rebaixada à Série B do Campeonato Brasileiro. Os trabalhadores dizem que "ficaram sem dinheiro para ir trabalhar, para comprar comida para suas casas e absorveram dívidas com bancos e parentes".
Os colaboradores reconhecem o esforço de conselheiros para a concretização da transferência da SAF para Ronaldo. Eles pedem que a torcida manifeste apoio à gestão de Fenômeno pelas redes sociais.
Na visão dos funcionários, o clube social do Cruzeiro também seria beneficiado caso a compra da SAF seja concluída.
"Entendemos que o Cruzeiro (clube social) tem um potencial enorme, antes pouco explorado e que o Cruzeiro (SAF) irá gerar retorno desportivo e financeiro, o que ajudará também o clube social. Todos ganham. Não sabemos ainda qual funcionário vai para a SAF, para o clube social ou será desligado mas temos o sentimento que o melhor para o Cruzeiro (como um todo) é que essa compra seja efetivada o mais rápido possível", diz a carta.
Os funcionários concluem o texto lembrando que o ano de 2022 "não pode começar com problemas extracampo", tendo em vista o desafio de voltar para a primeira divisão.