Excluído recentemente do quadro de conselheiros celestes, o ex-presidente Wagner Pires de Sá, investigado por irregularidades durante seu mandato, teve mais uma derrota na justiça: foi condenado a indenizar o Cruzeiro em R$ 150 mil. Na ação, o clube cobra o ressarcimento dos valores do clube que teriam sido usados por Wagner para pagar honorários advocatícios.
Wagner Pires teria contratado os serviços de advogados para fazerem sua defesa no período da investigação criminal que concluiu que houve irregularidades na gestão dele à frente do Cruzeiro. Ainda cabe recurso da decisão.
Na sentença, os magistrados concluíram que houve, no mínimo, 'ato de conflito de interesses': "É manifesto o conflito de interesses configurando ato ilícito praticado pelo réu (Wagner Pires de Sá) que, na condição de investigado por prática de crimes, em tese, pagou os honorários de seu advogado com o dinheiro daquele que se posicionava (Cruzeiro), em princípio, na condição de prejudicado/vítima."
A defesa de Wagner Pires até tentou tornar o pedido improcedente, alegando não haver "irrregularidade no contrato de prestação de serviços advocatícios", mas não teve sucesso.