Operação. Do latim “Operatio”, derivado de “Operari”, trabalhar. Nos últimos anos, a palavra tornou-se comum no cotidiano brasileiro com o trabalho da Polícia Federal na consagrada “Lava-Jato”. Levemos o termo então aos gramados.

A etimologia da palavra denota esforço, algo que o Cruzeiro não medirá para contar com um de seus principais jogadores na próxima quarta-feira, contra o Palmeiras, pelo jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil, em São Paulo. A serviço da seleção brasileira, Dedé voltará de jatinho após o amistoso com El Salvador, no dia 11, terça-feira, em Washington, capital norte-americana. Um voo dividido com os meias Cuéllar e Lucas Paquetá, ambos do Flamengo.

São os clubes, tentando salvar, à sua maneira, o que a CBF lhes privou.

No caso de Dedé, a operação vai passar por duas etapas. Itair Machado, vice-presidente de futebol do Cruzeiro, explica como será o empenho. “A aeronave vai pegar primeiro o volante do Flamengo (Cuéllar, que disputa amistosos com a seleção colombiana também nos Estados Unidos), depois ela vai descer onde a seleção brasileira vai jogar (em Washington) para pegar Dedé e o Paquetá e segue para o Rio de Janeiro. No Rio, outra aeronave do Cruzeiro estará no aguardo para levar Dedé para São Paulo”, afirma o dirigente.

Itair ressalta que o interesse de estar em campo parte do próprio Dedé. “O importante é que o Dedé quer participar, ele quer estar no jogo, apesar de confiarmos nos outros zagueiros que possuímos, mas você tem que olhar também a vontade do atleta. Ele queria estar na seleção e queria estar no jogo contra o Palmeiras”, salienta Itair.

Será preciso uma atenção especial com a preparação física do atleta. A tendência é que ele tenha oportunidade de atuar por mais tempo na seleção justamente contra El Salvador, já que nesta sexta (7), contra os Estados Unidos, Tite deu sinais de que deve privilegiar os atletas convocados para a última Copa.

Ao Super FC, o chefe do departamento médico do Cruzeiro, Sérgio Campolina, deu seu parecer.

“Se ele entrar em campo, pode comprometer bastante (o planejamento). Mas tudo dependerá dos minutos disputados e dos dados do GPS”, pontua Campolina. “Dentro das diretrizes da Fifa, o intervalo mínimo entre os jogos seria de três dias. É um dado relevante”, complementa o doutor.

Questões que serão levadas em conta, mas que estão incutidas no risco de qualquer operação. Contra o Palmeiras de Felipão, Dedé será de suma importância.