Primeiros torcedores a entrarem no setor destinado à torcida do Cruzeiro no Mineirão, Lidiana de Souza, de 53 anos, levou o filho, Miguel de 12, e o primo José Geraldo, de 64, para assistirem ao clássico. E, segundo ela, por falha na orientação do estádio, acabaram vivendo um tremendo susto: tiveram que passar no meio da torcida do Atlético.

"Quase morremos pra entrar. Fomos mal informados. Disseram pra gente que tínhamos que 'dar a volta" para entrar no setor destinado à torcida do Cruzeiro. Quando percebemos, só estávamos vendo torcedores do Galo. Sorte que era um pessoal mais tranquilo.... Vi até alguns comentando: "o que eles estão fazendo aqui?". Só depois apareceram três seguranças e nos levaram para o setor correto", diz Lidiane, aliviada. 
 
Recuperada do susto, a instrumentadora cirúrgica reconhece que passou a torcer mais por causa do filho, "que é fanático pelo Cruzeiro".  E assumiu ter certo temor de vir justo ao clássico. "Estava com um pouco de medo sim.  Falei com ele que tem muita gene que vai pra prestigiar, mas muita gente vai pra fazer baderna", lamentou.

Indiferente a tudo isso, Miguel parecia tomado pela experiência de viver a magia do clássico pela primeira vez no estádio. E nem o fato de o adversário ter jogadores como Hulk, Nacho, Godin e cia, tirou sua empolgação: "Vai ser 2 a 1 para o Cruzeiro. E vai ter gol de Edu", cravou.

Para o garoto, a festa ficou ainda mais completa quando a Polícia Militar liberou a entrada do restante da torcida celeste, com as bandeiras e faixas dando mais vida ao setor, até então praticamente vazio..