Bruna Alexandre entrou para a história do esporte do Brasil como a primeira atleta paralímpica brasileira a ser convocada para uma Olimpíada. A mesatenista foi convocada pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM),  na última terça (04/06) e será a primeira representante do país a competir nos dois torneios no mesmo ciclo.

Aos seis meses de vida, Bruna teve o braço direito amputado por consequência de uma trombose, provocada por uma injeção mal aplicada. Ela iniciou no tênis de mesa aos 12 anos, influenciada pelo irmão, e até 2009, competiu em torneios apenas para atletas sem deficiência.

Aos 28 anos, a catarinense de Criciúma já conquistou duas medalhas de bronze na Paralimpíada do Rio 2016 e uma prata em Tóquio 2020. Agora em Paris 2024, Bruna projeta um ciclo medalhado tanto nas Olímpiadas quanto nas Paralimpíadas.


“Estou muito feliz por esta oportunidade de representar todos os brasileiros com deficiência nos Jogos Olímpicos e mostrar que posso jogar de igual para igual com qualquer atleta. Tenho o sonho de ser campeã paralímpica e jogar contra atletas sem deficiência me fortalece em busca deste objetivo”, declara Bruna.

No tênis de mesa, Bruna também acumula conquistas em competições com atletas sem deficiência. Bicampeã nacional, a atleta também foi vice-campeã, por equipes, no Pan-Americano específico de tênis de mesa, em Havana, Cuba, no ano passado. 

Em 2023, Bruna Alexandre defendeu o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, Chile, oportunidade em que conquistou a medalha de bronze, novamente por equipes.

Antes da brasileira, Nilton da Silva Alonço, conhecido como Gauchinho, disputou Jogos Olímpicos e Paralímpicos pelo remo. No entanto, fez o caminho inverso ao da catarinense, participou das edições olímpicas de Montreal 76, Los Angeles 84 e Seul 88. Depois, em Pequim 2008, compôs o barco quatro com timoneiro da delegação paralímpica brasileira. Gauchinho morreu em 2023.