A sexta-feira (22/8) foi histórica para a ginástica rítmica brasileira no 41º Campeonato Mundial, realizado no Rio de Janeiro. Pela primeira vez, o país teve duas representantes na final do Individual Geral: Bárbara Domingos (Babi) e Geovanna Santos (Jojô).
Com uma apresentação impecável, Babi alcançou o 9º lugar, o melhor resultado do Brasil na história da modalidade em Mundiais. Até então, a melhor marca também era dela, com um 11º lugar conquistado em 2023.
“Estou muito feliz e realizada. Fiz tudo que treinei e entreguei meu coração em quadra. Conseguir um Top 10 em um Mundial dentro de casa é emocionante. Estamos fazendo história”, comemorou Babi.
Sua treinadora, Mayara Cerqueira Ehlke, reforçou o sentimento de missão cumprida: “Nosso objetivo era chegar à final e, ao menos, manter a colocação do Mundial anterior. Superamos isso, e é muito gratificante”, comemorou.
Já Geovanna Santos, que ficou fora da final no último Mundial por uma margem mínima, brilhou diante da torcida e encerrou sua participação em 18º lugar, consolidando o Brasil entre as potências da ginástica mundial. “Estar entre as 18 melhores do mundo e disputar uma final em casa já é uma realização enorme. É especial escrever meu nome nessa história com a família na arquibancada”, disse, emocionada.
A técnica Gizela Batista relembrou os desafios enfrentados por Jojô ao longo do ciclo: “Pensamos em parar algumas vezes, até em aposentadoria. Mas eu sabia que ela tinha condições. Estar nessa final, no nosso país, foi a realização de um sonho.”
No pódio, o ouro ficou com a campeã olímpica Darja Varfolomeev (Alemanha), a prata com Stiliana Nikolova (Bulgária) e o bronze com Sofia Raffaeli (Itália).
Conjunto brasileiro estreia neste sábado no palco das grandes conquistas
A manhã da sexta-feira também foi marcada pelo treino de pódio da Seleção Brasileira de Conjunto, que estreia neste sábado (23/8) na Arena Carioca 1, palco onde o Brasil viveu momentos marcantes nos Jogos Olímpicos de 2016.
O grupo — composto por Duda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Maria Paula Caminha e Mariana Gonçalves — realizou os últimos ajustes nas apresentações das séries simples (três bolas e dois arcos) e mista (cinco fitas).
As apresentações contarão com um figurino inédito: um collant vermelho vibrante, que acompanha duas trilhas musicais emblemáticas — a tradicional “Evidências”, de Chitãozinho & Xororó, e um mix de músicas brasileiras que exaltam a identidade nacional.
A técnica Camila Ferezin elogiou a performance das atletas: “Elas entraram firmes e felizes. Foi um treino positivo, que deu confiança. Agora é ajustar os detalhes e brilhar mais uma vez.”
Em 2025, o conjunto brasileiro já acumula conquistas importantes com essas séries: três ouros em Portimão (geral, simples e mista), além de ouro no geral e bronze na mista em Milão. Em 2023, em Valência, o Brasil fez história ao conquistar a vaga olímpica via Mundial, com um 6º lugar na classificatória.
Agora, competindo em casa, a equipe sonha com mais um marco inédito: a primeira medalha em Mundiais.