Nesta quarta-feira (25), o Comitê Olímpico Internacional (COI) soltou um comunicado acerca das sanções esportivas aplicadas à Rússia e Bielorrússia em resposta à guerra na Ucrânia, que está próxma de completar um ano.
A diretoria executiva da entidade se reuniu com membros do COI, a rede global de representantes dos atletas, as Federações Internacionais e os Comitês Olímpicos Nacionais (NOCs) nos dias 17 e 19 de janeiro e, nesta quarta, publicaram resoluções sobre três pontos:
- Sanções esportivas à Rússia e Bielorrúsia;
- Possibilidade de participação de atletas russos e bielorrussos em eventos oficiais;
- Apoio aos atletas e comunidade esportiva da Ucrânia.
Sobre o primeiro ponto, o COI reafirmou que nenhum evento oficial será sediado na Rússia e na Bielorrússia. No ano passado, o Mundial de vôlei seria sediado na Rússia, mas foi alterado devido às orientações da entidade.
Além disso, nenhuma bandeira, hino, cores ou quaisquer outras identificações dos dois países podem ser exibidas em eventos esportivos.
Participação de atletas russos e bielorrussos em competições
Um dos pontos mais relevantes da sanção aplicada diz respeito à participação de atletas russos e bielorrussos em competições internacionais. Segundo o COI, os atletas seguem banidos de defenderem os dois países, mas a entidade afirma que estuda formas de incluir esses competidores em eventos oficiais, ainda que 'sob bandeira neutra'. A ideia é a de não discriminar ou proibir atletas de competir por causa de sua nacionalidade.
O ponto-chave é o fato de que somente atletas que respeitam a Carta Olímpica poderão participar de competições. Ou seja, quaisquer esportistas que, em algum momento, apoiaram a invasão russa na Ucrânia permanecerão banidos dos eventos oficiais. Os casos serão analisados individualmente.
"Apenas aqueles que não agiram contra a missão de paz do COI, apoiando ativamente a guerra na Ucrânia, poderiam competir. Deve haver verificações individuais realizadas para todos os atletas inscritos", anunciou o Comitê Olímpico Internacional.
O problema agora, em ano pré-olímpico, pode ser das conquistas das vagas. Ainda proibidos de estar nas principais competições, a classificação para a Olimpíada de Paris 2024 pode ser complicada em diversas modalidades, mesmo que não exista a proibição específica de participação na ocasião.
Por último, o COI também anunciou o 'apoio inabalável' a atletas ucranianos e, como ação, pede o incentivo de Federações e Confederações nacionais na facilitação do treinamento e preparação de atletas da Ucrânia em competições oficiais.