Já com a presença de times de alto rendimento em modalidades como vôlei, vôlei de praia e futsal, o Praia Clube, de Uberlândia, coloca mais um esporte na sua lista de atividades. O handebol começa a ganhar espaço com a presença de uma das maiores referências do planeta.

O técnico dinamarquês Morten Soubak, de 57 anos, campeão mundial com a seleção brasileira feminina em 2013, foi chamado para coordenar o novo projeto no clube do Triângulo Mineiro. A ideia é ir da base até o adulto, contando com a estrutura da instituição, uma das mais importantes do país no cenário esportivo.

"Pra mim, foi simples e fácil aceitar este desafio. Agradeço pela oportunidade e vou dar meu máximo para fazer esta iniciativa evoluir e fazer o handebol ser forte dentro do clube. Temos estes dois lados: o da formação e também a ideia de que todo o trabalho chegue à categoria adulta. É uma motivação fazer parte de um projeto para ampliar o handebol dentro do país, o Praia já é um clube conhecido e resolvi abraçar este projeto. Fico feliz pelo convite e pela confiança, estou muito animado para começar os trabalhos", conta o treinador, que foi apresentado na última quarta-feira, dia 1º de junho.

O clube já conta com um time de handebol feminino da categoria juvenil que realiza atividades há dois meses. O atual momento é de análise de atletas e projetos em universidades e prefeituras da região. "O ano de 2022 é de estruturação para colocarmos em prática, de forma efetiva, no ano seguinte, com a presença de times de base e adulto no masculino e feminino. Tudo será feito dentro de um planejamento pensando no alto rendimento para sermos um novo pólo da modalidade no cenário nacional", comenta o presidente Guto Braga.

'Avalanche' de contatos após oficialização 

Após o anúncio oficial do Praia, o clube recebeu diversos contatos de pessoas interessadas em fazer parte do projeto. "A expectativa é muito positiva. Assim como fizemos em outras modalidades, pensamos a longo prazo, com o tempo sendo necessário para tudo acontecer no momento correto", reforça o presidente.

Morten mostrou satisfeito com a ideia passada pelo presidente, mas sabe que é preciso mais ações, além dos clubes, para que o handebol seja uma potência no Brasil. "Este caminho passa pelo apoio de prefeituras, clubes, federações e confederação. Todos devem acreditar que temos nas mãos um projeto que pode crescer e virar uma potência. Estamos falando de um país que é maior que todo o continente europeu. Eu venho de um país com cinco milhões de habitantes. Basta querer e ter vontade e investimento. Com todos estes esforços reunidos, eu não duvido que o handebol pode ser transformado no Brasil. Isso serve para qualquer modalidade", salienta.