Transição errada compromete e Vinhal termina Iron Man na 41ª posição

A dificuldade que teve na transição entre as provas de natação e ciclismo pesaram para que o triatleta mineiro thiago Vinhal ficasse longe dos líderes no Mundial de Kona, no Havaí. A prova, considerada a mais difícil do mundo da modalidade, aconteceu no último final de semana e teve o brasileiro passando a linha de chegada na 41ª posição. O catarinense Igor Amorelli terminou em 30º. 

Depois do 'tropeço', Vinhal sabia que seria complicado encostar nos primeiros colocados. Restou a ele ter a cabeça no lugar para dar o seu melhor e jogar para longe qualquer pensamento negativo que ameaçasse aparecer. 

"A prova foi na raça, igual tem que ser, bem ao jeito brasileiro. Nadei bem, perto de caras que tenho como referência mas dei uma vacilada na transição e aí paguei o preço ao longo da prova. Sobrei do grupo de frente, e aí foi salve-se quem puder", lamenta. 

Vinhal lembra como foi manter os pensamentos em ordem para seguir oferecendo o que tinha de melhor, mesmo em situação adversa. "A partir dali, fui só na motivação. Completei a prova pelo Brasil, pela minha família, minha mãe e meu irmão que me acompanharam, minha mulher, porque se não, o mais fácil era ter abandonado", declara. 

Em prova recente, Vinhal precisou lidar com os pensamentos negativos que, desta vez, passaram longe. "Não pensei em abandonar hora nenhuma, mesmo sabendo que estava abaixo do esperado. Pensei 'cara, vou fazer tudo o que eu puder hoje'. Acho que fiz tudo certo no meu último mês, dei o meu melhor, e tem dia que o nosso melhor não é o esperado", revela. Vinhal fechou em 8h52min56, cerca de 25 minutos acima do tempo do último ano, quando terminou na 13ª posição, somando o melhor tempo de um brasileiro em toda a história do evento. 

O título de 2018 ficou com o alemão Patrick Lange, que bateu o recorde da prova (7h52min39s) e, de quebra, pediu a namorada em casamento após o bicampeonato.