O dia 21 de abril de 2025 celebra os 40 anos da primeira vitória de Ayrton Senna da Silva na F1, principal categoria do automobilismo mundial. O talento do brasileiro já havia sido colocado em prova, logo na sua temporada de estreia, em 1984. Entretanto, foi em 1985 que o triunfo veio. Aliás, tinha que ser de forma dominante e histórica. Ao verdadeiro estilo Senna.
A temporada de 1984 foi brilhante para o piloto. Pela modesta Toleman, Senna conseguiu ter atuações consistentes, sobretudo no Grande Prêmio de Mônaco, quando mostrou arrojo debaixo de muita chuva e quase venceu nas ruas do Principado. É válido ressaltar que a prova foi encerrada com bandeira vermelha devido à pressão do então dirigente da FIA, Jean-Marie Balestre. Apesar da vitória de Alain Prost, o futuro ‘Rei de Mônaco’ começava a deixar a sua marca na categoria.
No ano seguinte, Senna foi contratado pela Lotus. Equipe competitiva, acostumada com vitórias e que teve, o também brasileiro, Emerson Fittipaldi como campeão mundial. Enfim, com um carro competitivo em mãos, o paulistano conseguiu manter uma pilotagem competitiva e fazer frente no Mundial de Pilotos. Assim, veio a primeira vitória. Inclusive, tinha que ser debaixo de chuva.
No GP de Portugal, o jovem Ayrton, de apenas 25 anos, utilizou o traçado molhado de Estoril para potencializar o seu talento quase sobre-humano. Terminou a corrida conseguindo um ‘Grand Chelem’. Ou seja: largou na pole, liderou de ponta a ponta e cravou a melhor volta da prova. Feito conquistado por apenas 26 pilotos ao longo da história e que seria repetido por Senna em outras três ocasiões.
A dificuldade do traçado em Portugal era tão grande, que apenas nove pilotos conseguiram encerrar a corrida. O brasileiro, além de terminar na frente, abriu uma distância de mais de um minuto para o segundo colocado, Michele Alboreto. Naquele momento, nascia uma lenda. O universo do automobilismo se curvava ao talento de Ayrton Senna.
Infelizmente, Ayrton não conseguiu ser campeão mundial pela Lotus e repetir o feito de Fittipaldi. Porém, a transferência para a McLaren, em 1988, mudaria o rumo de sua carreira. Ele se tornaria tricampeão e protagonizaria uma rivalidade espetacular com Prost. O resto é história.