A Red Bull quer viver o “Sonho de Ícaro” e voltar a voar alto na F1. Porém, a analogia com a mitologia grega está longe de se concretizar, pelo menos em 2025. A escuderia austríaca nada em um verdadeiro mar de incertezas: o carro deixou de ser competitivo, Max Verstappen tem o seu nome especulado na Mercedes e para, completar, Christian Horner foi demitido do cargo de chefe de equipe. O que estava ruim, aparentemente pode piorar.

Horner, certamente, está entre os chefes de equipe mais vitoriosos da história da F1. Comandou as duas dinastias da Red Bull (2010-2013 e 2021-2024) e desenvolveu dois dos maiores nomes do século na categoria: Sebastian Vettel e, o próprio, Verstappen. Sob o comando de Horner, a equipe conseguiu 124 vitórias, 8 títulos de pilotos e 6 títulos de construtores.

Entretanto, o seu nome vinha caindo dentro da equipe. A Red Bull perdeu o protagonismo. Peças importantes, como Adrian Newey, deixaram o time. O assento de segundo piloto não conseguiu ser preenchido com efetividade. Para completar, o ex-chefe de equipe foi relacionado a um gravíssimo escândalo fora das pistas, que estourou no meio do ano passado. Horner perdeu força interna e a relação com Verstappen ficou abalada.

Com a saída de Christian Horner da equipe, Max poderia considerar a possibilidade de permanecer. Porém, a falta de confiabilidade na montagem do carro para 2026 pode fazer com que o holandês mude de casa. O piloto é considerado, atualmente, o melhor talento da F1 e quer um equipamento competitivo. A Mercedes, por sua vez, mostra que conseguirá ser dominante no novo regulamento. Seria o casamento perfeito. O fato é que a Red Bull, cada vez mais, demonstra incerteza sobre o seu futuro. As duvidas são enormes.