A Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) realizou, na última semana, uma atividade com 64 componentes do quadro nacional. A iniciativa da entidade teve por objetivo dar continuidade a um processo de evolução dos árbitros em todos os cargos, seja dentro das quatro linhas, na beira do campo ou na cabine do VAR.
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Um fato curioso é que, há dois meses e meio, a CBF já havia organizado um evento semelhante, mesmo sob outra gestão. Em abril, o órgão era presidido por Ednaldo Rodrigues, deposto de seu cargo em meados de maio. Samir Xaud, eleito para ocupar seu lugar, deu continuidade ao processo.
Durante a atividade com o corpo arbitrário, a reportagem do Lance! conversou com o presidente da comissão, Rodrigo Cintra, que falou sobre as mudanças existentes entre uma gestão e outra no cargo mais alto da confederação.
- Muda o conceito de investimentos. Hoje nós temos já um planejamento de ações. Temos esses treinamentos já programados de modo perene (por exemplo, a cada dois, três meses). Muda também porque hoje temos a possibilidade de fazer os seminários regionais, em cada estado do Brasil, e já temos dois programados para o mês de julho. Isso é muito importante, porque nós precisamos treinar os árbitros de elite sim, isso é natural, deve acontecer a cada dois ou três meses para lapidar os procedimentos, ajustar as condutas e mantermos ou ajustarmos a rota. Isso é natural, estamos flexíveis a isso - afirmou Cintra.
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❌ Mudanças na arbitragem: como foi a saída de Ednaldo Rodrigues da CBF?
A saída de Ednaldo, determinada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), aconteceu quatro dias após a ausência do coronel Antônio Carlos Nunes de Lima em uma oitiva convocada para esclarecimento de denúncias acerca de fraude no documento que homologou o acordo de garantia da eleição do ex-mandatário à presidência da CBF, em 2022.
Xaud se tornou o novo presidente após receber o apoio de 25 federações estaduais e dez clubes, sendo candidato único. Possível adversário nas eleições, Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista, não reuniu o número mínimo de federações exigido para registrar sua candidatura. O novo mandatário foi citado na conversa com o Lance! por Rodrigo para exemplificar demais mudanças na estrutura da arbitragem.
- Essa oportunidade que a nova gestão nos dá, com o presidente Samir Xaud, é muito legal, é importante para a arbitragem, não só para conhecermos federações ou termos contatos, relacionamentos, não. É para conhecermos árbitros lá no nascedouro, pensando na nova geração da arbitragem. Senão, daqui a pouco não teremos árbitros. Pela superexposição que hoje eles têm, muita gente não quer mais apitar, e aí aviso que já estamos fazendo todo um trabalho para buscar a nova geração, porque é lá nos estados que teremos isso. E tendo a oportunidade de visitá-los, fazer os seminários regionais, vamos começar a conhecer árbitros que ainda não são do quadro nacional. Para 2026, teremos a oportunidade de trazer jovens talentos para o nosso ambiente a nível nacional - analisou o mandatário.
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