NOVA JERSEY (EUA) – Antes da Copa do Mundo de Clubes, poucos analistas e torcedores apostariam que o Fluminense teria a melhor atuação entre os times brasileiros que participam da competição. Na partida de terça-feira (17), porém, mudança promovida no meio-campo do Tricolor não deixou o Borussia Dortmund jogar na primeira rodada do Grupo F. O Lance! analisa.

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Em entrevista à FluTV, o ex-jogador e hoje comentarista Felipe Melo, comentou: “O Renato surpreendeu todo mundo ao mudar o tripé de meio-campo, fazendo pressão alta. O Borussia não jogou. Não é que o Fluminense foi muito bem porque o Borussia foi mal. O Borussia não jogou porque o fluminense foi muito bem".

Três volantes que amarraram os alemães

Antes da partida com os auri-negros, o técnico Renato Gaúcho tinha duas opções para montar o meio-campo tricolor. O primeiro tinha dois volantes e um meia, que seria Paulo Henrique Ganso, o outro seria com três volantes. Os ofensivistas se surpreenderam quando a escalação apareceu com Hércules, Martinelli e Nonato.

– Era uma partida que a gente sabia que ia ser muito difícil. A gente precisava de uma marcação mais forte no meio. Foi o que aconteceu, nos comportamos muito bem – explicou Renato na coletiva após o jogo.

À primeira vista, a opção levada à campo dava a impressão de que o Flu se preparava para jogar mais sem a bola do que com a posse, mas não foi o que aconteceu. O cenário do jogo se desenhou da forma como o treinador havia antecipado na coletiva antes da estreia: um time que teve coragem para subir a marcação, concentração para não sofrer na defesa e que valorizou a posse de bola.

O treinador comentou após a partida:

– Muita gente acha que nós temos três volantes, mas os volantes saem para o jogo. Então fica um time forte na marcação no meio, protegem bem a nossa defesa e sabem jogar.

Números do trio

Assim, da forma como o técnico armou o meio, Hércules ficou mais preso, protegendo a defesa, enquanto Martinelli e Nonato se revezavam nas subidas ao ataque. Às vezes aparecendo dois à frente. Até os três.

Ao todo, trio somou seis finalizações à gol: uma de Nonato – a mais clara de todas, cara a cara com Kobel, que parou em grande defesa do camisa 1 alemão –, duas de Hércules e três de Martinelli. Essa participação reforça a confiança que os volantes tricolores têm mostrado nas ações de ataque.

O que também chama atenção é a atuação defensiva e a organização de jogo do trio – o que resultou no nó dado no Borussia. Hércules teve quatro desarmes e 89% os passes certos, participando de 63 ações com a bola ao longo do jogo. Os números de Martinelli foram um, 87% e 40, respectivamente. E Nonato, três, 90% e 63. Os dados são do Sofascore.

Nonato rouba bola no meio-campo (Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC)

Os dados

Nonato

  • - 87 minutos jogados
  • - 63 ações com a bola
  • - 90% acerto no passe
  • - 4 passes decisivos (1° no jogo)
  • - 1 finalização no gol
  • - 1 drible certo
  • - 4/9 duelos ganhos
  • - 3 desarmes (2° no jogo)
  • - 3 faltas
  • - Nota Sofascore 7.4

Martinelli

  • - 76 minutos jogados
  • - 40 ações com a bola
  • - 87% acerto no passe
  • - 1 passe decisivo
  • - 3 finalizações
  • - 2/4 duelos ganhos
  • - 1 desarme
  • - 2 faltas
  • - Nota Sofascore 7.1

Hércules

  • - 90 minutos jogados
  • - 56 ações com a bola
  • - 89% acerto no passe
  • - 4/5 passes longos certos
  • - 2 finalizações
  • - 1 drible certo
  • - 5/6 duelos ganhos
  • - 4 desarmes (1° no jogo)
  • - Nota Sofascore 7.6
Hércules finaliza contra o gol alemão (Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC)