Após a eliminação do Vasco na Copa Sul-Americana, com o empate por 1 a 1 contra o Independiente Del Valle, o técnico Fernando Diniz concedeu entrevista coletiva em São Januário e falou sobre a atuação da equipe, a escassez de recursos financeiros para contratações e o apoio que tem recebido do presidente Pedrinho.
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Diniz reconheceu que o Vasco poderia ter resolvido a classificação ainda no primeiro tempo e lamentou mais uma partida com volume ofensivo desperdiçado.
— Acho que se repetiu hoje o que aconteceu contra o Grêmio. Tivemos um volume interessante na criação e cedemos pouco contra-ataque. Assim como foi contra o Grêmio, tivemos muita chance clara de fazer o gol. Eles não tiveram quase nenhuma e conseguiram marcar. A gente poderia até ter resolvido ou encaminhado a classificação no primeiro tempo — analisou o treinador.
Apoio a Pedrinho
Ao ser questionado sobre a ausência do presidente Pedrinho no estádio em um momento de pressão, Diniz saiu em defesa do mandatário e fez questão de destacar seu caráter e esforço nos bastidores.
— É um dos caras que tem mais caráter que vi desde que comecei no futebol. Ele faz tudo que pode. Uma das razões principais de eu ter vindo para cá foi o Pedrinho. Tenho maior orgulho de ser liderado por ele. Quem está dentro sabe o quanto ele tenta melhorar o Vasco. Se tivesse dinheiro, aqui seria muito diferente — afirmou.
Mercado: contratações limitadas e apostas de risco
Com transparência, o técnico explicou a realidade financeira do clube e as dificuldades enfrentadas no mercado da bola. Diniz admitiu que o Vasco não tem condições de disputar reforços badalados com outros clubes e, por isso, precisa “arriscar”.
— Em relação a reforços, quando vim para cá já sabia da escassez de recursos. Estamos no mercado, mas não vai chegar um monte de jogador. Vocês sabem disso. Vamos acabar arriscando nas contratações. É fácil contratar o Vitor Roque, o Savarino, o Luiz Henrique, o Alcaraz — jogadores que todo mundo conhece — disse.

Diniz também revelou que o clube tentou a contratação do atacante Hinestroza, um dos destaques do Atlético Nacional (Colômbia), mas esbarrou nos valores.
— Tentamos o Hinestroza, vocês sabem disso. Foi o primeiro nome que veio quando começou a Libertadores. Também procuramos outros extremos fora do país, mas pediram 8, 10, 12 milhões de euros. E a gente não tinha condição. É mais difícil para a gente contratar. Precisamos arriscar e torcer para funcionar — explicou.
Para exemplificar, o treinador citou o caso de Nuno, atacante que chegou ao clube sob pouca expectativa e hoje é um dos destaques do time.
— Ninguém conhecia o Nuno, e hoje ele dá retorno técnico ao Vasco. Mas não é uma coisa fácil — concluiu.