O Vasco está eliminado da Sul-Americana, competição que era a prioridade da diretoria. O Cruz-Maltino ficou pelo caminho de uma das formas mais melancólicas e vexatórias: diante de vaias e uma goleada no placar agregado.
A campanha começou na euforia. Afinal, o Vasco voltou a disputar uma competição Sul-Americana após cinco anos sem jogar um torneio internacional. No entanto, a estreia foi um balde d'água fria.
A partida contra o Melgar, em Arequipa, no Peru, deu o pontapé inicial no declínio no trabalho de Fábio Carille. O Vasco chegou a abrir 3 a 1 de diferença e cedeu o empate.
Contra o Puerto Cabello, na primeira partida como mandante na competição, o Vasco mudou a postura e poderia ter goleado a equipe venezuelana. Só que o Cruz-Maltino não contava com uma atuação inspirada do goleiro adversário, que fechou o gol. No confronto direto com o Lanús pela liderança do grupo, os argentinos arrancaram um empate em São Januário. A partir daí ladeira abaixo.
Vergonha na Venezuela
O Vasco perdeu para o Puerto Cabello, por 4 a 1, na Venezuela. A vergonha foi a maior que um time brasileiro passou diante dos venezuelanos, tendo em vista que o Cruz-Maltino nunca havia perdido para um clube do país e foi o primeiro brasileiro a ser goleado desta forma para uma equipe venezuelana.

Derrota na estreia de Diniz
A partida contra o Lanús ficou marcada pela estreia de Fernando Diniz como técnico do Vasco. Logo no primeiro jogo perdeu para a equipe argentina, que assumiu a liderança do Grupo G da Sul-Americana de maneira isolada. O jogo ainda contou com a expulsão de Hugo Moura.

Classificação era obrigação
O Vasco foi para a última rodada da fase de grupos da Sul-Americana ainda com chances de ser eliminado. Só que o Cruz-Maltino despachou o Melgar e garantiu o segundo lugar, o que dava vaga para os playoffs de oitavas de final. O adversário? Independiente del Valle.

Adversário acessível, mas nem tanto…
O Independiente del Valle se mostrou um adversário acessível em dois momentos distintos. Primeiro: antes da expulsão de Lucas Piton. Segundo: até abrir o placar em São Januário.
Piton foi expulso no início do primeiro tempo no confronto em Quito e condicionou o restante do jogo. O Vasco até que teve bons momentos em duas finalizações de Rayan. Mas depois só deu Del Valle, que só não aplicou uma goleada maior porque desperdiçou diversas oportunidades, além de perder um pênalti, e Léo Jardim evitar uma tragédia ainda maior.
Já no jogo da volta, em São Januário, o Vasco teve três chances para abrir o placar e poderia ter saído para o intervalo com 3 a 0. A bola puniu e o Del Valle largou na frente, matando qualquer chance de reação do time comandado por Diniz, que ainda buscou o empate. Mas era tarde. Fim da participação na Sul-Americana sem o apoio e carinho do torcedor, que cansou de dar amor infinito e ver o outro lado não ser recíproco.
